Mudanças Climáticas
Mudanças Climáticas
Com o objetivo de aumentar a transparência sobre os riscos e as oportunidades relacionadas às mudanças climáticas e apresentar nossos compromissos, o relatório sobre Mudanças Climáticas traz uma abordagem alinhada ao Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD).

As minas de minério de ferro da Vale localizadas no Brasil possuem alta concentração de ferro e baixo teor de escória, permitindo que o minério de ferro da Vale emita menos carbono ao ser processado na indústria siderúrgica. Como exemplo, o Complexo Eliezer Batista S11D em Carajás permite a produção de minério com teor de 66,7% de ferro, além de ser o maior projeto de mineração do mundo, produzindo cerca de 150 milhões de toneladas anuais.
A Vale possui minas de níquel com cerca de 60% de concentração de níquel primário, um produto mais refinado que possibilita maior diversificação de aplicação e estabilidade para os volumes de venda. Com o aumento da produção de carros elétricos, espera-se um aumento na demanda e no preço do níquel primário, o que viabilizará a Vale beneficiar o níquel secundário para ser vendido com maior valor agregado.
Os ativos fixos como ferrovias e portos são especialmente vulneráveis a eventos climáticos extremos, uma vez que possuem longo prazo de vida útil e pouca, ou nenhuma flexibilidade de mudança locacional.
Saiba mais sobre as iniciativas da Vale sobre o tema:
Metas e Prazos
TCFD
A Vale aderiu às recomendações da Força-tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD, em inglês) em 2017, com o objetivo de aumentar a transparência sobre os riscos e as oportunidades relacionados às mudanças climáticas.
Análise de Cenários
A Vale, em linha com as recomendações do TCFD, analisou a resiliência da sua estratégia frente aos cenários de mudanças climáticas e elaborou um relatório com a análise completa e os resultados.
Gestão de riscos
No caso de riscos relacionados às mudanças do clima, a Vale desenvolveu metodologias específicas de análise divididas entre impactos decorrentes da transição para uma economia de baixo carbono e de impactos físicos, de forma alinhada às diretrizes do Task-force on Climate-related Financial Disclosures – TCFD e, elaborou o relatório especifico com as análises e ações da Vale para a gestão desse tema.
Reporte de KPIs

Evolução da performance
Emissões totais de GEE da Vale
(Milhões de tCO2e)
Outras Emissões Indiretas de GEE
(Escopo 3 - toneladas de CO2e)
Metas e prazos
Meta de Carbono

Iniciativas chaves para alcançar a para meta 2030
Planos para alcançar a meta 2030

- Eficiência energética e eletricidade renovável
- Biocombustíveis
- Eletrificação e tecnologias inovadoras.

- Mina à céu aberto: eficiência energética incluindo automação e inteligência artificial, estudos de eletrificação, combustíveis alternativos, dentre outros;
- Mina subterrânea: utilização de veículos e equipamentos de mina movidos a eletricidade, incluindo os estudos para a infraestrutura e recarga das baterias, além de avaliação do uso de combustíveis alternativos;
- Usina de beneficiamento: estudos de otimização de etapas produtivas;
- Metalurgia e Pelotização: eficiência energética, eletrificação, combustíveis alternativos, novos processos;
- Ferrovia: estudos de eletrificação e teste piloto de locomotiva elétrica, aplicação de inteligência artificial, bem como investimentos em equipamentos/sistemas para melhoria contínua da eficiência energética.
- Navegação: implementação de testes-piloto visando a aplicação de novas tecnologias e soluções que contribuam para a melhoria da eficiência energética dos navios, bem como estudos de utilização de novos combustíveis;
- Geração de energia renovável: estudos de prospecção e aquisição de novos projetos de geração de eletricidade com base em fontes de energia renováveis;
- Estratégia e diagnósticos: investimentos em ferramentas de gestão e estudos para redução de emissões de gases de efeito estufa.

Nota: Science based target.
Entre as iniciativas já implementadas, destacam-se:
41%
41%
38%
Gestão de Riscos

Regulatório / Legal
Litígios pelo não atingimento das políticas para mitigar os impactos climáticos

Tecnológico
Substituição dos produtos/processos por tecnologias mais eficientes/atuais

Mercado
Mudanças na oferta e demanda em decorrência da conscientização por produtos mais limpos

Reputação
Percepção dos consumidores e investidores sobre a aderência da empresa a políticas mais verdes

Riscos físicos
Danos diretos aos ativos e impactos indiretos na cadeia de suprimentos como enchentes, secas, etc.
Metodologias da Vale para riscos e oportunidades relacionados às mudanças climáticas
TCFD
Nossa Gestão
Como parte da estratégia, e alinhada às recomendações do Task Force on Climate Related Finnancial Disclosures (TCFD), a Vale realizou uma análise preliminar de cenário de sua resiliência nos negócios nos três cenários de mudança climática, considerando os cenários da Agência Internacional de Energia (IEA).
A construção de cenários relacionados ao clima permite à Vale identificar indicadores para monitorar o ambiente externo e reconhecer mais rapidamente as mudanças nos cenários, permitindo uma adaptação ágil às necessidades atuais. Como resultado, a empresa investe em negócios e tecnologias que apoiam o crescimento de uma economia de baixo carbono e fornecem soluções para a cadeia de suprimentos e a sociedade como um todo.
Como principais ações referentes ao TCFD, nos últimos anos, destacam-se:
2016
- Contribuição técnica na construção do framework do TCFD através do processo de consulta pública;
- Revisão dos industry briefs publicados e, comentamos indicadores de desempenho a serem reportados em relatório financeiros, a exemplo do 20 F.
2017
- Endossamos o framework do TCFD como uma das primeiras empresas signatárias;
- Assinamos nova carta de posicionamento do setor empresarial brasileiro a favor da precificação mundial do carbono (carta do CEBDS [1] – braço brasileiro do WBCSD [2]);
2018
- Definição da meta de redução de intensidade de emissão tendo 2017 como ano base;
- Realização da primeira avaliação de resiliência da Vale frente à cenários de Mudanças climáticas da IEA[3];
- Reportamos e publicamos o CDP nos moldes das recomendações do TCFD;
- Atualização das análises de riscos de precificação de carbono;
- Implantação do programa Powershift (transformação da matriz energética da companhia em renovável) na Vale;
2019
2020
Em 2021, as metas relacionadas à agenda climática representam 5% da remuneração de curto prazo (de 10% relacionada a Sustentabilidade) para todos os empregados Vale e 6% da remuneração de longo prazo (de 20% relacionada a ESG) para toda a liderança, incluindo o presidente e Comitê Executivo. Uma meta composta pelos indicadores de emissão de gases de efeito estufa, recuperação e proteção de áreas florestais, e asseguração de energia renovável também foi atrelada à remuneração de longo prazo da liderança. As áreas corporativas, que atuam em mudanças climáticas, e as áreas operacionais, que implementam a estratégia de descarbonização, também têm metas atreladas à remuneração variável, adicionais e específicas, para implantação de projetos, gestão das emissões e/ou gestão dos riscos associados às mudanças climáticas. Sounding Panel, conselho consultivo no âmbito da Diretoria Executiva composto de especialistas globais em ESG. "
Os diferentes comportamentos de oferta e demanda nos três cenários da IEA resultam na alteração da dinâmica de competitividade que afeta o preço de longo prazo das principais commodities da Vale e de sua estratégia.
Para a empresa, o Cenário de Políticas Atuais impacta, em parte, sua capacidade de geração de valor. Além da maior exposição aos riscos físicos, o Current Policies Scenario (CPS) não considera a oportunidade de crescimento dos renováveis, da eletrificação do transporte e da necessidade de descarbonização da siderurgia, hoje partes fundamentais da estratégia da Vale.
O Sustainable Development Scenario (SDS), por sua vez, cria um ecossistema que incentiva as opcionalidades de crescimento da empresa e amplifica a relevância dos seus pilares estratégicos, quais sejam, a transformação de metais básicos e a maximização do flight-to-quality de minério de ferro.
O ativo de carvão é negativamente impactado nos cenários Stated Policies Scenario (STEPS) e SDS, mas não é representativo no resultado consolidado. Na trajetória rumo à neutralidade de carbono, a Vale avaliou seu portfólio de ativos e anunciou no início de 2021 o desinvestimento no negócio de carvão, que teve sua venda anunciada em dezembro de 2021. O desinvestimento responsável de Moatize e CLN beneficia as comunidades e governos onde essas operações estão localizadas e oferece um futuro sustentável para as operações. Ao mesmo, tempo, o desinvestimento foi alinhado ao foco da companhia em priorizar seus negócios core, sua agenda ESG e uma forma de mitigar sua exposição a riscos de transição.
Sob uma variedade de cenários de mudanças climáticas, o EBITDA da Vale performa em um intervalo de 90% a 140% em relação ao caso base utilizado em nosso planejamento estratégico. Essa resiliência é resultado de um portfólio flexível, capaz de se adaptar às diferentes condições de mercado e que tem um posicionamento estratégico bem alinhado às tendências de transição para uma economia de baixo carbono. Em 2022, a Vale atualizará sua análise de cenários, acrescentando um cenário em que o aumento da temperatura global é limitado a 1,5 °C."
1. Análise de cenários de mudanças climáticas e Vale Climate Forecast, com metodologias robustas para análise de riscos e oportunidades relacionados às mudanças climáticas. Por exemplo, o Instituto Tecnológico Vale regionalizou (downscalling) os modelos de aquecimento global referenciados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) para a realidade brasileira. Isto permitiu à Vale identificar as alterações nos regimes e volumes de chuvas e a variação de temperatura para todas as operações no Brasil. Foram regionalizados os modelos RCP 4.5 e 8.5.
A partir dos estudos cenários do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), a Vale desenvolveu, em parceria com o Instituto Tecnológico Vale, o Vale Climate Forecast, uma metodologia de análise de riscos e oportunidades relacionados às mudanças climáticas. O Vale Climate Forecast viabiliza:
- Análise de curtíssimo e curto prazo e previsão sazonal para os riscos físicos, tendo o foco principal na prevenção deos impactos na operação e no embarque de produtos;
- Avaliação de riscos físicos e dosseus impactos no longo prazo para identificar investimentos necessários nas instalações – para adaptação e/ou mitigação das mudanças climáticas.
2. Monitoramento do ambiente externo, incluindo novos marcos regulatórios, tecnologias emergentes, dinâmicas de mercado e políticas públicas – a companhia consolida internamente um Boletim Mensal de Inteligência em Clima, que mapeia as notícias mais relevantes para a agenda climática.
3. Engajamento com stakeholders nos principais fóruns do setor, a fim de monitorar novos posicionamentos, tendências e regulamentações."
A partir das alterações nos padrões de chuvas e temperaturas, foi possível identificar os principais ativos vulneráveis e potenciais alterações na intensidade e frequência de riscos operacionais previamente identificados pelo processo de gestão de risco da empresa.
Para os riscos de transição foram elaboradas análises de resiliência da estratégia, de impactos financeiros, frente a diferentes cenários de Mudanças Climáticas, além do monitoramento regulatório periódico.
A precificação de carbono é uma das ferramentas internas para a gestão do risco de transição. A utilização do preço interno de carbono (shadow price) de US$50/tCO2e está em linha com o necessário para limitar o aumento de temperatura a menos de 2°C e com a recomendação do Carbon Pricing Leadership Coalition (CPLC). O preço interno está integrado ao processo de tomada de decisão para orientar nossa alocação de capital, viabilizando e acelerando a transição para uma economia neutra em carbono. É integrada às análises de viabilidade econômico-financeiras de projetos de capital e projetos correntes (sustaining), dentro dos ciclos orçamentário e de planejamento estratégico a partir de 2020.
Para os riscos físicos, a gestão dos mesmos ocorre via Metodologia Vale Climate Forecast, que foi implementada em 2021 nas operações do Canada e Corredor Norte. Este processo de mapeamento e identificação dos riscos foi então integrado à gestão de riscos corporativos e avaliados de acordo com sua severidade e probabilidade de ocorrência."
- "Emissões absolutas e intensidade;
- Consumo de energia, intensidade e perfil da matriz energética;
- Uso de água e da terra.
- Percentual de ativos analisados para identificação de riscos físicos relacionados às mudanças climáticas, seguindo a metodologia "" Vale Climate Forecast"", percentual de ativos com alta exposição a riscos de transição, percentual de ativos com alta exposição a oportunidades climáticas.
- Os gastos voltados para redução de emissões somaram, somente em 2021, US$ 187 milhões e abrangem projetos de eficiência energética, eletricidade renovável, biocombustíveis, eletrificação e tecnologias inovadoras."
[2] WBSD- World Business Council for Sustainable Development
[3] IA- International Energy Agency
[4] Os gases de efeito estufa (GEE) considerados no âmbito desta política são: CO2, CH4, N2O, HFC, PFC, SF6 e NF3. Doravante serão chamados de “emissões”; “carbono”; ou GEE.
[5] O Instituto Tecnológico Vale regionalizou (downscalling) os modelos de aquecimento global referenciados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) para a realidade brasileira. Isto permitiu à Vale identificar as alterações nos regimes e volumes de chuvas e a variação de temperatura para todas as operações no Brasil. Foram regionalizados os modelos RCP 4.5 e 8.5. A partir das alterações nos padrões de chuvas e temperaturas, foi possível identificar os principais ativos vulneráveis e potenciais alterações na intensidade e frequência de riscos operacionais previamente identificados pelo processo de gestão de risco da empresa.
- Realizar a avaliação da estratégia para alcançar neutralidade de emissões, envolvendo ativos florestais, créditos de carbono, compensação, dentre outros com previsão de conclusão para 2021;
- Realizar o treinamento extensivo de precificação de carbono para líderes de projetos de capital, equipes de orçamento e planejamento;
- Atualizar a análise de cenários pela equipe de planejamento estratégico.
Análise de resiliência da estratégia frente a cenários de mudanças climáticas
Gestão dos riscos causados pelas mudanças climáticas na Vale
CDP
Precificação de carbono
- Mercados de Carbono: Instrumento econômico onde se estabelece um limite (cap) para as emissões de GEE e há uma alocação de direitos ou permissões para emitir (allowances) até atingir o limite estabelecido pela jurisdição (país, província ou região). Esta alocação pode ser feita por meio da distribuição gratuita² das permissões e/ou por meio de leilões (cenário atual da União Europeia). Desta forma, cria-se um mercado para a comercialização (trade) das permissões, chamado Emissions Trading System (ETS), onde as empresas que emitem quantidades inferiores ao seu limite podem vender suas permissões para empresas que emitem acima do seu limite permitido. O preço do carbono é definido pelo mercado (oferta e procura), mas muitos governos estabelecem um preço mínimo para regular o mercado. Este instrumento também é denominado como mercado de carbono ou cap and trade.
- Tributos de carbono: A tributação consiste na cobrança de um preço fixo por cada unidade de emissão (ex: reais ou dólares por tonelada métrica de dióxido de carbono emitido). Esta taxa é paga aos governos, funcionando como um imposto de carbono. Neste instrumento, não há limitação das emissões, mas o valor da taxa é calculado de forma a atingir o nível social ótimo de emissões. Este nível ótimo representa o ponto em que o aquecimento global seja contido ao limite estabelecido no Acordo de Paris (abaixo de 2°C), garantindo o maior nível possível de bem-estar para a sociedade.

2 Utilizando-se de critérios de grandfathering, baseados em emissões históricas, ou de benchmarking, baseados em índice de referência para o setor.
2 É considera uma iniciativa com implementação planejada quando está formalmente adotada por meio de legislação e possui uma data de início oficial.
Preço interno de carbono na Vale
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Abordagem Utilizada
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Aplicação
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US$50 / tCO2-eq
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Preço Sombra
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US$10 / tCO2-eq
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Preço Sombra
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- Atendimento das metas de redução (escopos 1 e 2), e de neutralidade
- Análise de custo-benefício de opções de mitigação
- Escopo 1 e Escopo 2
- Não se aplica ao Escopo 3
- Emissões de GEE da fase de operação dos projetos e da supressão de vegetação nativa
- Custo das Emissões Não se aplica ao Escopo 3
- VPL (Valor Presente Líquido) sem e com carbono
- TIR (Taxa Interna de Retorno) com e sem carbono
- Custo Marginal de Abatimento


Engajamento externo
Políticas e Normas
Portfólio
Business Case
Uso de bateria - Terminal da Ilha Guaíba

Locomotiva 100% elétrica
Caminhão Autônomo
Powershift
Sentinela- Inteligência Artificial

