Resíduos

Nossa Gestão



Gerenciamento e tecnologia ambiental

Os resíduos gerados em nosso processo produtivo podem ser divididos em resíduos minero-metalúrgicos e resíduos industriais.

Os resíduos minero-metalúrgicos englobam os resíduos de estéreis e rejeitos da mineração e as escórias geradas nos processos metalúrgicos de níquel e manganês.

Já o gerenciamento dos resíduos industriais engloba a segregação, coleta, valorização e destinação dos resíduos de borrachas, plásticos, óleos usados, resíduos contaminados, madeiras, sucatas metálicas e resíduos de alimentação, entre outros.

Essa divisão é muito importante devido principalmente à escala de geração, às regulamentações específicas e às diferentes formas de gerenciamento e destinação dos resíduos minero-metalúrgicos, que estão diretamente ligados às reservas minerais e às tecnologias adotadas nos processos de lavra, de beneficiamento dos minérios e de metalurgia, cuja gestão e aproveitamento são importantes desafios do setor de mineração.

 

Resíduos minero-metalúrgicos

A Vale publicou no final de 2020 sua Política de Gestão de resíduos minero-metalúrgicos, marco que consolida os esforços já realizados pela empresa e aponta a direção dos investimentos para incentivar uma economia circular inovadora, que maximiza o aproveitamento dos materiais e fomenta novas cadeias de valor.

Objetivando contribuir com a redução e reaproveitamento dos resíduos, bem como reduzir os riscos ambientais e sociais de destinação, a política da Vale foca em três principais eixos de atuação:

 
  1. Priorizar, na fase de pesquisa, concepção, implementação, operação, descomissionamento e pós-fechamento dos projetos, as melhores práticas disponíveis para:                                                                                                                                                
    • Otimização da extração e processamento mineral e aproveitamento interno dos resíduos;                                                   
    • Redução de riscos de solubilização de metais para as drenagens na disposição de estéreis, rejeitos e escórias em pilhas.                                                                                                                                                      
  2. Investir em projetos de P&D e em implantação de tecnologias de otimização do processamento de minério e aproveitamento de estéril, rejeitos e escórias em novas cadeias produtivas;
     
  3. Priorizar o processamento a seco.

Quando não há alternativa viável de aproveitamento, os rejeitos são dispostos em barragens, seguindo todos os procedimentos de governança e segurança estabelecidos na Política de segurança de barragens e estruturas geotécnicas de mineração da Vale . Para mais informações sobre Controle e Gestão de Barragens acesse aqui.

A Vale pretende migrar para o modelo de processamento a seco (umidade natural) na produção de Minério de Ferro e, alcançar 70% (setenta por centro) de processamento a seco até 2024, onde as condições geológicas e técnicas permitirem.
 

Geração de Resíduos minero-metalúrgicos em 2021: 515,3 milhões de toneladas

*Incluem estéril e rejeito da mineração de níquel, manganês, carvão e cobre, e escória (liga de manganês). 

Resíduos industriais


A Vale conta com uma área de tecnologia ambiental que desenvolve projetos de valorização de resíduos industriais em conjunto com as áreas operacionais. Nossa gestão de resíduos tem foco em:

 
  
Minimização da geração, a partir de conscientização junto às áreas operacionais;
  
Segregação;
  
Rastreabilidade;
     
Valorização, com ações e projetos de destinação e inserção em novas cadeias produtivas e novas tecnologias;
      
Destinação apropriada, a partir do controle e desenvolvimento de novos fornecedores destinatários de resíduos e processos rígidos de avaliação ambiental, reduzindo os riscos relacionados à disposição inadequada;
    
Incentivo à geração de emprego e renda a partir de práticas de reciclagem.
Pessoas e comunidades
Minimização da geração, a partir de conscientização junto às áreas operacionais;
Pessoas e comunidades
Segregação;
Pessoas e comunidades
Rastreabilidade;
Pessoas e comunidades
Valorização, com ações e projetos de destinação e inserção em novas cadeias produtivas e novas tecnologias;;
Pessoas e comunidades
Destinação apropriada, a partir do controle e desenvolvimento de novos fornecedores destinatários de resíduos e processos rígidos de avaliação ambiental, reduzindo os riscos relacionados à disposição inadequada;
Pessoas e comunidades
Incentivo à geração de emprego e renda a partir de práticas de reciclagem.

Metas


Cada unidade operacional desdobra o seu programa de gerenciamento de resíduos adaptado à sua realidade e cultura locais, buscando metas específicas para o atendimento de suas prioridades e de acordo com o Plano Vale de Gerenciamento de Resíduos.

As metas dos programas estão focadas, principalmente, em dois indicadores:

  1. Redução de geração e aumento da destinação ambientalmente adequada, como a compostagem, reuso, rerrefino e reciclagem;
  2. Valorização do aproveitamento de resíduos com o objetivo de reduzir o descarte em aterros, em atendimento ao ODS 12 – Consumo e produção responsáveis.
  
  
Unidade Vale
Indicador/KPI
Malásia
Redução da geração de resíduos perigosos
Suprimentos
Aumento da destinação sustentável de resíduos, excluindo metálicos
 EFVM
Redução de resíduos sem destinação sustentável
Portos Sul / Sudeste
Redução da destinação não sustentável de resíduos
Texto
Redução da geração de resíduos com destinação não sustentável
Onça Puma
Redução da geração de resíduos perigosos com destinação não sustentável

Malásia


Unidade Vale 
Malásia 
Indicador / KPI 
Redução da geração de resíduos perigosos

Suprimentos


Unidade Vale 
Suprimentos 
Indicador / KPI
Aumento da destinação sustentável de resíduos, excluindo metálicos
 

EFVM


Unidade Vale 
EFVM 
Indicador / KPI 
Redução de resíduos sem destinação sustentável
 

Portos Sul / Sudeste


Unidade Vale 
Portos Sul / Sudeste 
Indicador / KPI 
Redução da destinação não sustentável de resíduos
 

Salobo


Unidade Vale
Salobo
Indicador / KPI
Redução da geração de resíduos com destinação não sustentável
 
Onça Puma

Unidade Vale
Onça Puma
Indicador / KPI 
Redução da geração de resíduos perigosos com destinação não sustentável
 

Geração de Resíduos industriais


A Vale destinou, em 2021, 537 mil toneladas de resíduos não minerais – destas, 57% tiveram uma destinação sustentável, ou seja, foram enviadas para reprocessamento, reciclagem e/ou reuso. 

Geração de Resíduos não minerais

 

(em mil toneladas) GRI 306-2

 

Global - Disposição e Destinação

(em mil toneladas) GRI 306-2

 


Disposição e Destinação

(Total de 537 mil toneladas GRI 306-2)
 
 


*Aterro sanitário externo, aterro sanitário interno, disposição em pilha de estéril e subsolo

** Co-processamento, incineração e tratamento biológico

 

Visão de Riscos



Como forma de controle da destinação dos resíduos no Brasil, a Vale criou o Programa de Auditoria dos Destinatários de Resíduos. Todas as empresas que recebem resíduos da Vale passam por processo de avaliação e auditoria ambiental em um período máximo de três anos. Em 2020 constaram do nosso cadastro ativo 226 empresas e foram realizadas 55 auditorias de novos fornecedores ou renovações de empresas já cadastradas.


 

Business Case


Aproveitamento de madeiras de embalagens (Mina de Carajás)

 

Na mina de Carajás, localizada na cidade de Parauapebas (PA), região amazônica, em parceria com uma empresa local, a Vale desenvolveu um projeto de Aproveitamento de resíduo de madeiras de embalagens em caldeiras de geração de energia, para reduzir a disposição final para aterros. Em 2019, 1.270 toneladas de resíduos de madeira foram destinados para reaproveitamento e, em 2020, foram 505 toneladas, com uma redução devido às restrições de logística e da pandemia do Covid-19.
 

Regeneração de óleos usados (Mina de Carajás)

 

A Vale implantou em sua Central de gerenciamento de materiais descartados (CMD) de Carajás uma unidade de regeneração de óleos de refrigeração usados. O processo consiste em uma análise prévia dos óleos na fonte geradora e posterior coleta, filtragem, regeneração e devolução dos óleos para utilização pelas oficinas de manutenção. Já foram regenerados cerca de 970.000 litros em 2019 e 940.000 litros em 2020, demonstrando o grande sucesso do projeto, uma vez que representou uma redução significativa da compra de óleos novos pelas áreas de manutenção da unidade operacional.
 

Destinação de bifenilas policloradas (PCBs)

 

A Vale desenvolveu ações para agilizar a destinação ambientalmente adequada de resíduos com bifenilas policloradas, conhecidos como PCBs, em todas as suas unidades operacionais. Os PCBs são considerados contaminantes ambientais, com impacto à saúde e aos ecossistemas.

Com base nos compromissos internacionais e os valores de segurança e meio ambiente da empresa, foi estabelecido um processo de identificação das potenciais fontes de óleos contaminados com PCBs nas unidades operacionais da Vale. Foram consolidadas as demandas e estabelecido um processo de destinação final gradual, compatibilizando os ciclos de manutenção dos equipamentos elétricos e a busca da antecipação das metas de destinação de PCBs.

Essas ações também objetivam antecipar o fim do uso de PCBs, meta da Convenção de Estocolmo, prevista para até 2025, além de garantir sua disposição final ambientalmente adequada até 2028. Até 2020, foram destinadas mais de 200 toneladas de resíduos contaminados com PCBs e foram regenerados mais de 12.000 litros de óleos de transformadores, que passaram a ser classificados como óleos sem contaminação.
 

Reciclagem de pneus Fora de estrada

 

A Vale destina para empresas de reciclagem as sucatas de pneus fora de estrada geradas em suas operações no Pará e em Minas Gerais, no Brasil. A reciclagem desses pneus tem um grande desafio devido ao seu tamanho - podem ter mais de 4 metros de diâmetro – e também pela resistência da malha de aço interna, o que dificulta muito seu manuseio e corte para reciclagem. Cerca de 9 mil toneladas de pneus são recicladas por ano.
 

    
A sucata metálica é utilizada como material para a produção de vergalhões usados na construção civil.
    
Os pneus são utilizados para produzir placas de revestimento ou transformados em chips de borracha, que podem ser utilizados pela indústria automobilística e cimenteiras.
 


Aproveitamento de madeiras de embalagens (Desenvolvimento cooperativa em São Luis/MA)

 

No Terminal portuário de Ponta da Madeira a Vale desenvolveu um projeto de apoio à implantação e desenvolvimento da Cooperativa de Trabalho, Coleta e Recuperação de Resíduos da Vila Maranhão (CoopVila). O projeto social é desenvolvido com moradores da Vila Maranhão, vizinhos a suas operações da Vale, em São Luís (MA). Em 2019, 1.504 toneladas de resíduos de madeira foram destinados e, em 2020, foram 1.140 toneladas. 

O projeto é um grande exemplo da atuação conjugada do desenvolvimento de uma cooperativa local e o aproveitamento de resíduo de madeiras de embalagens para confecção de peças e móveis de madeira, reduzindo a disposição final para aterros e gerando renda para a comunidade local.
 

 


Fomento à economia circular

 

A Vale inaugurou, em novembro de 2020, a Fábrica de Blocos do Pico, primeira planta piloto de produtos para a construção civil cuja matéria-prima principal é o rejeito da atividade de mineração. Instalada na Mina do Pico, no município de Itabirito (MG), a fábrica promoverá a economia circular na operação de beneficiamento do minério de ferro.

Após o período de testes, a expectativa é que, a cada ano, cerca de 30 mil toneladas de rejeito deixem de ser dispostas em barragens ou pilhas para serem transformadas em 3,8 milhões de produtos pré-moldados de larga aplicação na indústria da construção civil, como pisos intertravados, blocos de concreto estruturais, blocos de vedação, dentre outros.

A Vale conduz estudos de aplicação do rejeito desde 2014. A empresa investirá cerca de R$ 25 milhões em pesquisa e desenvolvimento tecnológico (P&D) nos primeiros dois anos da Fábrica de Blocos do Pico, que contará com a cooperação técnica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). Dez pesquisadores da instituição atuarão na pesquisa nesse período, entre professores, técnicos de laboratório e alunos de pós-graduação, graduação e curso técnico.

A Vale estuda replicar a fábrica de blocos em outras unidades de Minas Gerais, após o período de P&D na Mina do Pico. A empresa também mantém parceria com mais de 30 organizações, entre universidades, centros de pesquisas e empresas nacionais e estrangeiras, para o desenvolvimento de soluções para o reaproveitamento do resíduo da mineração em diferentes setores da indústria.

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