Emissões Atmosféricas
Emissões Atmosféricas
Estes poluentes primários são lançados na atmosfera pelas chaminés das usinas de Pelotização, Metais Básicos e Manganês, além da queima de combustíveis em equipamentos móveis, influenciando diretamente na alteração da qualidade do ar no entorno das nossas operações.
O gerenciamento de emissões atmosféricas na Vale tem foco no inventário de fontes, que podem ser fixas ou móveis, pontuais ou difusas, gerando informações técnicas para subsidiar o modelo matemático que calcula a pluma de dispersão dos poluentes com base em critérios de literatura, características operacionais, além de parâmetros meteorológicos e topográficos. Em atendimento à condicionantes ambientais, também mantemos e operamos redes de monitoramento da qualidade do ar em algumas operações e comunidades próximas. Estas iniciativas contribuem e embasam a adoção de sistemas de controle, planos de monitoramento e gestão das emissões.
A parcela de contribuição dos negócios da Vale para estes parâmetros pode variar conforme particularidades operacionais. Com base no ano de 2018 (baseline da meta de emissões atmosféricas NON-GHG), as emissões estão distribuídas conforme gráficos abaixo:



Notas sobre os gráficos acima:
- NOx e SOx: Consideradas as fontes fixas e o consumo de combustíveis.
- MP: Consideradas as fontes fixas.
- Não são consideradas as fontes difusas, pela falta de metodologia de medição.
- Não são considerados os resultados de qualidade do ar, medido fora de nossas fronteiras, pela impossibilidade de gestão da Vale nas contribuições de outras fontes não relacionadas às nossas operações.
O cálculo destas emissões na Vale ocorre através de quatro métodos técnicos, descritos resumidamente abaixo:
Balanço de massa: consiste na quantificação da entrada, saída, acumulação, geração ou destruição da substância de interesse, calculando, por diferença, a emissão desta para o meio ambiente.
Reporte de KPI's
Emissão de SOx
(mil toneladas)

Emissão de NOx
(mil toneladas)

Emissão de Material Particulado
(mil toneladas)

Nota2: Foram retirados do baseline da meta os resultados de emissão das unidades de Fertilizantes, Nova Caledônia, Manganês e das atividades de Navegação e Distribuição em função dos processos de desinvestimento.
Evolução da performance de emissões da Vale
Material particulado (MP)
Em 2021, as emissões de material particulado foram 47% menores, devido à redução na produção da unidade de PTVI e nas usinas de pelotização de Tubarão, além do período de paralisação em Sudbury.
Óxidos de Enxofre (SOx)
As emissões de óxidos de enxofre de 2021 registraram 77,1 mil toneladas. As reduções mais significativas ocorreram em Sudbury e PTVI, em decorrência de menor produção. Além disso, houve reduções em virtude do balanço de massa, metodologia de cálculo utilizada nessas unidades que está sujeita a variações das características de insumos e processos.
Já em Pelotização, as principais reduções ocorreram em Tubarão e São Luís, provenientes da utilização de combustíveis com menor teor de enxofre e melhoria da eficiência energética.
Óxidos de Nitrogênio (NOx)
As emissões de óxidos de nitrogênio somaram 50,2 mil toneladas. Essa redução é reflexo da menor produção em PTVI e Sudbury, tendo ocorrido também aumento das emissões nas unidades de pelotização de Omã, níquel em Onça Puma e negócios de Logística e Minério de Ferro, em decorrência dos maiores volumes de produção.
Metas
Alinhada com seu compromisso de integrar sustentabilidade em seus negócios e, com sua ambição de liderar a transição para a mineração de baixo carbono, a Vale estabeleceu as seguintes metas para a redução de suas emissões atmosféricas de material particulado (MP), óxidos de enxofre (SOx) e óxidos de nitrogênio (NOx) até 2030:
- Reduzir em 16% as emissões de Material Particulado;
- Reduzir em 16% as emissões de Óxidos de Enxofre;
- Reduzir em 10% as emissões de Óxidos de Nitrogênio;
Redução de emissões NON-GHG em 2030 – (mil toneladas)


Após o acidente de Brumadinho em 2019, houve redução da produção em função de paralisação de algumas operações, gerando, consequantemente, uma redução das emissões neste ano e anos posteriores. Após a retomada gradual das operações e novos projetos de aumento de produção até 2030, espera-se elevação proporcional na curva de emissões. Com as iniciativas planejadas, projeta-se as reduções das emissões de NOx, SOx e MP.
Iniciativas para alcançar as metas de 2030
Sinergia dos projetos de redução de PM, NOx e SOx com o planejamento estratégico de baixo carbono.
Incentivar iniciativas tecnológicas específicas que contribuam para a redução dessas emissões.
Uso de biocombustíveis;
Eficiência operacional
Governança por meio de comitês técnicos específicos, acompanhamento nos Fóruns de Baixo Carbono e grupos de trabalho de GEE.
Gestão de Riscos e Impactos
Além disso, o monitoramento das emissões e da qualidade do ar tem sido aprimorado para sistemas automáticos e contínuos, visando melhoria na gestão e atuação rápida em caso de desvios.
Também mantemos uma política de aprimoramento dos processos operacionais, com melhoria de eficiência e redução de consumo de combustíveis.
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Reciclagem de PET
A Vale em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo – UFES, desenvolveu e patenteou uma resina biodegradável supressora de poeira obtida através da reciclagem química de PET. O produto possui capacidade selante, mantendo a umidade do material nas pilhas de estocagem, vagões ferroviários e vias não pavimentadas. Essa iniciativa contribuirá para a redução de emissão de materiais particulados proporcionando a melhoria da qualidade de ar das comunidades do entorno além de fomentar a reciclagem de resíduos plásticos gerando sustentabilidade do negócio.
Vale instala canhões de névoa em Tubarão
Em 2018, assinamos um novo Termo de Compromisso Ambiental – TCA – para redução das emissões de material particulado na unidade operacional de Tubarão, em Vitória (ES). A assinatura do termo envolveu o Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e o Instituto Estadual do Meio Ambiente do estado do Espírito Santo e tem como objetivo garantir a transparência no processo de implantação de todas as iniciativas apresentadas pelo Plano Diretor Ambiental.
Projeto Clean AER em Sudbury no Canadá
Na unidade operacional de Sudbury, no Canadá, a Vale concluiu o projeto Clean AER, no qual foi investido, desde 2012, o total de US$ 1 bilhão. O projeto proporcionou a redução de 85% das emissões de SOx da fundição em Copper Cliff. Além disso, o projeto também reduzirá as emissões de gases de efeito estufa da fundição em 40%.