Biodiversidade

A Vale reconhece a importância da biodiversidade e a avalia como tema intrínseco ao seu negócio, considerando sua riqueza, amplitude e valor na manutenção da vida e dos serviços ecossistêmicos.
Protegemos e ajudamos a proteger uma área aproximadamente 11 vezes maior do que a área ocupada por nossas operações, isto é, cerca de 9,0 mil km² de áreas naturais, contribuindo assim para a proteção de espécies da fauna e da flora nativas, principalmente endêmicas e ameaçadas de extinção, tendo em vista uma gestão integrada dos territórios onde atuamos.

Sintonizada à Política de Sustentabilidade, destaca-se como base da nossa atuação os compromissos abaixo:

Pessoas e comunidades
  • Identificação e indenização
  • Educação e cultura
  • Saúde e bem-estar
  • Comunidades tradicionais e indígenas
  • Engajamento e diálogo
  • Fomento à economia
  • Conhecer e monitorar a biodiversidade nos territórios em que atuamos;
    Pessoas e comunidades
  • Identificação e indenização
  • Educação e cultura
  • Saúde e bem-estar
  • Comunidades tradicionais e indígenas
  • Engajamento e diálogo
  • Fomento à economia
  • Gerenciar riscos e impactos, com adoção de medidas de prevenção, mitigação/controle, compensação e monitoramento;
    Pessoas e comunidades
  • Identificação e indenização
  • Educação e cultura
  • Saúde e bem-estar
  • Comunidades tradicionais e indígenas
  • Engajamento e diálogo
  • Fomento à economia
  • Promover transparência em relação as práticas e desempenho junto às partes interessadas;
    Pessoas e comunidades
  • Identificação e indenização
  • Educação e cultura
  • Saúde e bem-estar
  • Comunidades tradicionais e indígenas
  • Engajamento e diálogo
  • Fomento à economia
  • Construir um legado positivo nos territórios em que atuamos;
    Pessoas e comunidades
  • Identificação e indenização
  • Educação e cultura
  • Saúde e bem-estar
  • Comunidades tradicionais e indígenas
  • Engajamento e diálogo
  • Fomento à economia
  • Contribuir com o alcance de metas globais e nacionais relacionadas à biodiversidade.
    Com foco nesses compromissos, a Vale tem como objetivo de longo prazo prevenir e neutralizar perdas significativas de biodiversidade em nossos projetos e expansões em áreas de alto valor para a biodiversidade, como foco no Impacto Líquido Neutro (No Net Loss)¹.
    ¹Quando as perdas são iguais aos ganhos. Existem impactos, mas tomamos medidas para evitá-los e minimizá-los para realizar reabilitação/restauração e compensação.

    Reporte de KPIs

    Para acompanhar o desempenho das suas operações no tema biodiversidade, a Vale utiliza os indicadores do sistema do GRI (GRI 304: Biodiversidade), que são reportados anualmente pelas unidades operacionais e cujos resultados são divulgados no Relatório de Sustentabilidade. Além disso, planos de gestão da biodiversidade específicos de algumas áreas operacionais apresentam indicadores relacionados aos programas e medidas, assim como aqueles do GRI.

    Indicadores:

     
     
    Unidades operacionais próprias, arrendadas ou administradas dentro ou nas adjacências de áreas protegidas e áreas de alto índice de biodiversidade situadas fora de áreas protegidas
     
     
    Habitats protegidos ou restaurados
     
     
    Quantidade de terras (próprias ou arrendadas, usadas para atividades produtivas ou extrativistas) alteradas ou reabilitadas
     
     
    Número total de espécies incluídas na lista vermelha da IUCN e em listas nacionais de conservação com habitats situados em áreas afetadas por operações da organização, discriminadas por nível de risco de extinção

    Indicador 1

    A Vale protege ou ajuda a proteger uma área aproximadamente 11 vezes maior do que a área total ocupada pelas unidades operacionais. Clique aqui para saber mais detalhes sobre as áreas protegidas.
    Modal 1 Modal 2 Modal 3 Modal 4 Modal 5  
    As áreas operacionais da Vale se sobrepõem a áreas de alto valor de biodiversidade, como hotspots e wilderness áreas.
    Áreas impactadas e categorias de relevância/valor para a biodiversidade GRI 304-1
    2022/km2
    Área total impactada
       877,31
    Área total impactada em Wilderness
    434,87
    Área total impactada em Hotspots
       356,99
    Áreas impactadas em áreas protegidas
       300,54
    Áreas impactadas adjacentes a áreas protegidas
       397,22
    Áreas impactadas em áreas prioritárias para conservação fora de áreas protegidas
     
    Áreas impactadas adjacentes a áreas prioritárias para conservação fora de áreas protegidas
       96,23
     
       95,95
    Nota: importante destacar que as Áreas Protegidas que são impactadas pelas operações da Vale se referem a unidades de conservação de uso sustentável (de acordo com a legislação brasileira e que correspondem internacionalmente às categorias V e VI da IUCN), com decretos de criação que permitem a execução das atividades da Vale no local.
    Grande parte das áreas impactadas em Áreas Protegidas se referem às nossas operações em Carajás – Pará/Brasil, localizadas dentro da Floresta Nacional de Carajás e da Floresta Nacional do Tapirapé Aquiri, unidades de conservação de uso sustentável (IUCN Categoria VI), cujos os decretos de criação permitem as nossas atividades. Além das nossas operações localizadas na região do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais/Brasil, que tem interferência na Área de Proteção Ambiental Sul RMBH – APA Sul RMBH, também uma unidade de conservação de uso sustentável (IUCN Categoria V).
    Quanto às Áreas Protegidas adjacentes as nossas operações, são compostas em sua maioria por unidades de conservação de propriedade da Vale (Reservas Particulares do Patrimônio Natural – Categoria IV da IUCN – já instituídas e algumas ainda em processo de criação) localizadas propositalmente próximas às nossas unidades operacionais, além de unidades de conservação criadas e apoiadas pela Vale (como o Parque Nacional dos Campos Ferruginosos – IUCN Categoria II – criado no âmbito do licenciamento do Complexo S11D Eliezer Batista). Adjacentes são consideradas aquelas áreas protegidas localizadas em um buffer de 10 km das operações.
    Em relação a outras classes de áreas de alta importância para a biodiversidade, nossas operações apresentam interferências ou são adjacentes a algumas Áreas Chave para a Biodiversidade (KBA – Key Biodiversity Areas, em inglês) e a Sítios Ramsar, de acordo com a tabela a seguir:
    País/Localidade
    Tipo de Operação
    Categoria da Área Importante para a Biodiversidade
    Posição
    Brasil/ Mariana
    Mina/Usina
    KBA
    Contém porções
    Brasil/ Ipatinga
    Logística/ferrovia
    Sítio Ramsar
    Adjacente*
    Brasil/ Carajás
    Logística/ferrovia
    Mina/Usina
    KBA
    Contém porções
    Sobrepõe
    Brasil/ São Luis
    Logística/Porto e Ferrovia
    Sítio Ramsar
    KBA
    Sobrepõe
    Contém porções
    Indonésia/ Sulawesi
    Mina/Usina
    KBA
    Contém porções
    País de Gales/ Clydach
    Usina
    Sítio Ramsar
    Adjacente*
    * Para área adjacente foi considerado o buffer de 10 km gerado a partir dos limites externos das áreas de alta importância para a biodiversidade e avaliada sua sobreposição em relação à área da unidade operacional.
    Temos operações em áreas de alto valor para a biodiversidade e nos comprometemos a atuar na gestão responsável dos nossos impactos, tendo como base a abordagem da hierarquia de mitigação de impactos, além de apoiarmos ações de conservação. Em Carajás, somamos mais de 30 anos apoiando a proteção, pesquisa e educação nas unidades de conservação.

    A Vale se compromete a não operar em sítios do Patrimônio Natural Mundial da UNESCO

    Em 2021, a Vale assumiu publicamente o compromisso de não operar em sítios do Patrimônio Natural Mundial da UNESCO. A Reserva Natural Vale (RNV), área protegida de propriedade da empresa destinada à conservação de 23 mil ha de remanescentes da Mata Atlântica; assim como a Reserva Biológica (REBio) de Sooretama, área que a Vale protege em parceria com o ICMBio, fazem parte do Sítio do Patrimônio Natural Mundial Reservas da Costa do Descobrimento da Mata Atlântica, constituindo também uma Área Chave para Conservação da Biodiversidade.

     

    A Reserva Natural Vale (RNV), área protegida de propriedade da Vale destinada à conservação de 23 mil ha de remanescentes da Mata Atlântica; assim como a Reserva Biológica (REBio) de Sooretama, área que a Vale protege em parceria com o ICMBio, fazem parte do sítio do Patrimônio Natural Mundial Reservas da Costa do Descobrimento da Mata Atlântica.

     

    Mais informações sobre a Reserva Natural Vale aqui.

    Indicador 2

    Quantidade de terras (próprias ou arrendadas, usadas para atividades produtivas ou extrativistas) alteradas ou reabilitadas.
    Saldo de abertura e fechamento G4 MM1
    2022 km2
    Áreas impactadas (Saldo de Abertura)
    612,33
    Áreas impactadas no ano de referência
      8,86
    Áreas em recuperação permanente no ano de referência
    10,92
    Áreas impactadas (Saldo de Fechamento)
    610,27

    Indicador 3

    Número de espécies incluídas na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN em inglês) e em listas nacionais de conservação com habitats situados em áreas afetadas por operações da organização.
    Em 2022 foram registradas 4.175 espécies com ocorrência em habitats impactados pelas operações da Vale ou localizados próximo às operações. Destas, 78 são consideradas ameaçadas de acordo com as categorias da IUCN: Criticamente em Perigo (5); Em Perigo (20); e Vulnerável (53).
     Especies incluidas em listas vermelhas (nacional e internacional) com habitats impactados pelas operacoes da Vale (GRI 304-4)
    Categoria
    MMA (2014)
    IUCN (2018)
    Vulnerável (VU)
    59
    60
    Quase Ameaçada (NT)
    0
    42
    Em Perigo (EN)
    46
    26
    Criticamente em perigo (CR)
    8
    7

    GRI G4-MM2

    Número e percentual de unidades operacionais que necessitam de planos de gestão da biodiversidade de acordo com critérios estabelecidos e número (percentual) dessas unidades com planos em vigência.

    Operações que geram impactos significativos em áreas de alto valor para a biodiversidade requerem Planos de Gestão da Biodiversidade, seja a partir de obrigações legais, seja por compromissos voluntários. Dentre a totalidade de nossas unidades operacionais avaliadas em 2022, 47 (88,7%) necessitavam da elaboração de planos de gestão de biodiversidade (GRI G4 MM2). Dessas, 80,9% já têm Planos de Gestão implantados, e o restante tem planos em implementação ou planejados.

    CDP Forestry
    Desde 2021 a Vale responde ao questionário CDP Forestry.

    CDP Florestas

    Desde 2021, a Vale passou a reportar também o questionário de Florestas do CDP

    Metas e prazos

    A Vale estabeleceu um objetivo de longo prazo de buscar o No Net Loss, focado em reduzir as perdas significativas de biodiversidade. Este compromisso está em plena consonância com os compromissos assumidos no âmbito da Política de Sustentabilidade e da estratégia de sustentabilidade da empresa. Para atingir este objetivo, estamos trabalhando para implantar e reforçar todo o processo de gestão de riscos, impactos, atributos e desempenho.
    Outro compromisso, estabelecido em 2019 em nossa Agenda 2030, é a Meta Florestal - Recuperar e proteger 500.000 hectares de áreas até 2030. Essa meta está associada à ambição de deixar resultados positivos para a natureza. Essa meta também está alinhada e poderá contribuir com o compromisso brasileiro de recuperar 12 milhões de hectares de vegetação nativa previsto na Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa.
    Além disso, a agenda Vale também traz metas relacionadas a água e mudanças climáticas na Agenda 2030 que tem relação com a biodiversidade a partir do momento que estão associadas a redução de interferências associadas a serviços ecossistêmicos importantes, como a provisão de água nova e a regulação climática (meta de redução de captação de água nova, metas de redução de emissões de gases de efeito estufa).

    Nossa Gestão

    Adotamos uma abordagem de gestão integrada do território e, no caso particular da biodiversidade, incorporando e aplicando conceitos referentes à Hierarquia de Mitigação de Impactos (HMI)¹.
    No trabalho de gestão de riscos e impactos, são elaborados diagnósticos específicos que compreendem desde o planejamento da entrada em novos territórios até a concepção final dos projetos, visando avaliar possíveis interferências em áreas de patrimônio natural, áreas protegidas, assim como habitats e espécies sensíveis. Todas as expansões de operações e novos projetos são precedidos de estudos de impactos ambientais de acordo com as normas e regulamentações de cada país e região em que se inserem.
    Em 2020, a Vale publicou um padrão normativo interno que traz diretrizes e processos para gestão da biodiversidade focados em todas as etapas do ciclo de vida, desde o planejamento do projeto até o pós-fechamento. Esse documento traz a Hierarquia de Mitigação de Impactos, a gestão de riscos, métricas e os processos necessários para que novos projetos e até mesmo operações possam avaliar e gerir riscos de biodiversidade e estabelecer metas e ações relacionadas ao No Net Loss.
    ¹Abordagem de gestão de impactos que deve ser aplicada sequencialmente para antecipar e evitar, e onde a prevenção de impactos não for possível, minimizar; quando ocorrerem impactos, restaurar; e onde os impactos significativos permanecerem em alguma proporção, compensar. O foco dessa abordagem é evitar perdas líquidas de biodiversidade, mitigando riscos e impactos.

    Alinhamentos estratégicos e compromissos ICMM

    Como membro do ICMM, a Vale está comprometida com os princípios estabelecidos pelo Conselho e em 2019 reforçou seu comprometimento com a Expectativa de Performance 7, que está focada em não operar em Áreas do Património Mundial e na implantação e reforço da hierarquia de mitigação do impacto, com o objetivo de não ter perdas consideráveis de biodiversidade.

    Convenção da Diversidade Biológica (CDB) e pelo Plano Estratégico para a Biodiversidade

    A Vale busca estar sempre alinhada aos compromissos e metas estabelecidos pela Convenção da Diversidade Biológica (CDB). Proteção e recuperação de ambientes naturais, manutenção de serviços ecossistêmicos essenciais, redução de ameaças as espécies são parte dessas metas e estão alinhadas a nossa Agenda 2030 a partir da meta florestal, assim como a nossa estratégia de biodiversidade que tem como objetivo de longo prazo neutralizar impactos a biodiversidade.

    Gestão de impactos

    A Vale atua sempre buscando os melhores métodos, tecnologias e ações que permitam a menor interferência nos recursos naturais. Ainda assim as operações têm impactos diretos e indiretos na biodiversidade. Trabalhamos com medidas de prevenção, mitigação, controle, recuperação e compensação que não se restringem somente às obrigações legais, com o objetivo de incorporar a proteção dos componentes da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos às nossas atividades, buscando assim, sempre que possível, implementar ações voluntárias voltadas para a conservação.
    Focada em melhorar e maximizar os resultados dessas ações, a Vale estabelece parcerias com especialistas em biodiversidade, tais como universidades, organizações governamentais e consultoria em busca de estudos ambientais consistentes, atividades de mitigação, recuperação e compensação que constituam planos de ação eficazes, além de fomentar a geração e divulgação de conhecimento.

    Políticas e Normas

    Por se tratar de um tema transversal, as diretrizes da Vale no tocante à biodiversidade estão refletidas em sua Política de Sustentabilidade, tendo por princípio priorizar a gestão de riscos e impactos, perseguir o zero dano aos empregados e comunidades e deixar um legado social, econômico e ambiental positivo nos territórios onde opera.
    Em 2020, a Vale publicou um padrão normativo interno que traz diretrizes e processos para gestão da biodiversidade focados em todas as etapas do ciclo de vida dos projetos.

    Visão de Riscos

    Nossas operações ocupam hoje cerca de 877 km², sendo que os principais riscos e impactos diretos e indiretos a biodiversidade estão associados a alterações em ambientes naturais e a mudanças no uso do solo, que alteram os componentes do meio físico, que por sua vez funcionam como suporte para os elementos do meio biótico (flora e fauna). Em 2015 a Vale fez um estudo de mapeamento e classificação os riscos à biodiversidade decorrentes das nossas operações, atualizado em 2017. A análise envolveu nove categorias de áreas e/ou territórios relevantes para biodiversidade, de acordo com organizações globais e nacionais (KBA, Áreas Protegidas, Wilderness Areas, Hotspots, ocorrência de Espécies Ameaçadas IUCN, entre outros) às quais se atribuiu pesos que caracterizam a sua importância com relação à biodiversidade. As análises foram feitas considerando a inserção das áreas operacionais nessas áreas e/ou territórios o que gerou a nota de risco.

    Foram analisadas 97% do total de áreas operacionais Vale, localizadas em 14 países, sendo que foram consideradas de alto risco para a biodiversidade aquelas localizadas no Brasil, na Amazônia e Mata Atlântica, assim como na Indonésia. Essas áreas foram consideradas prioritárias para ações de gestão de riscos e impactos sobre a biodiversidade, assim como para reporte. 
    Foram analisadas 97% do total de áreas operacionais Vale, localizadas em 14 países, sendo que foram consideradas de alto risco para a biodiversidade aquelas localizadas no Brasil, na Amazônia e Mata Atlântica, assim como na Indonésia. Essas áreas foram consideradas prioritárias para ações de gestão de riscos e impactos sobre a biodiversidade, assim como para reporte. 

    Das 33 unidades com atividades operacionais (representam 97% do total Vale) avaliadas em 14 países, obtivemos os seguintes resultados:

    10 unidades

    Baixo Risco

    14 unidades

    Médio Risco

    9 unidades

    Alto Risco
    Em Junho de 2020 estabelecemos uma parceria com o IBAT (Integrated Biodiversity Assessment Tool) para auxiliar nas análises de risco e impacto nas fases iniciais dos projetos, apoiando as diretrizes do padrão normativo focado na Gestão da Biodiversidade.

    Iniciativas Voluntárias

    A seguir serão apresentados highlights da nossa atuação em Biodiversidade. Essas iniciativas reforçam o nosso compromisso e confirmam que é possível integrar biodiversidade à mineração.

    Business for Nature

    Em 2020, reforçando o seu compromisso com a conservação da biodiversidade, a Vale aderiu ao Call for Action da Business for Nature, uma união de esforços de empresas e instituições para proteger nosso planeta e reverter as significativas perdas na natureza. É primeira vez que tantas companhias avançam em um mesmo sentido com o objetivo de influenciar discussões para a entrega de uma Estrutura de Biodiversidade Global Pós-2020 na COP-15.
    O Call for Action reuniu uma lista de mais de 500 empresas de grande porte para cobrar de governos e lideranças mundiais a adoção de políticas ambientais ainda nesta década. Entre os pedidos, está o reforço à proteção da Amazônia, causa já apoiada pela Vale há mais de 30 anos, e a adesão à agenda internacional de biodiversidade.
    Para participar da ação, as empresas que compõem o Business for Nature precisam ter compromissos públicos e metas focadas para conter a perda de biodiversidade e proteger os recursos naturais.

    Projeto Experiências em Biodiversidade

    Implantado em 2017, o projeto visa promover encontros anuais em comemoração ao dia internacional da diversidade biológica.
    Este projeto foi elaborado com o objetivo de trocar experiências a partir da inscrição e envio de trabalhos que refletem iniciativas e soluções em biodiversidade implantadas e executadas em todas as áreas da Vale, reforçando a importância do tema para a companhia e as experiências, além de ampliar o conhecimento.

    Reserva Natural Vale

    Contribuindo para Conservação de um Hotspot de Biodiversidade
    A Reserva Natural Vale(RNV) é uma propriedade da Vale localizada no Brasil (estado do Espírito Santo) que protege 23 000 hectares de Mata Atlântica, o bioma mais ameaçado do país. Esta reserva trabalha em quatro pilares – conservação da diversidade biológica e de serviços ecossistêmicos, pesquisa científica, educação e restauração florestal.
    Em parceria com o ICMBio, a Vale apoia a proteção da Reserva Biológica (Rebio) de Sooretama, que junto a RNV somam cerca de 50 mil hectares protegidos.
    A Reserva protege cerca de cinco mil espécies de plantas e animais da Mata Atlântica, entre elas mais de 160 espécies ameaçadas de extinção e 64 espécies endêmicas.
    Mantém um dos maiores viveiros de mudas nativas da Mata Atlântica, com capacidade de produção de 3 milhões de mudas por ano.
    Possui um herbário reconhecido mundialmente, que compartilha informações e apoia pesquisas em várias localidades.
    Na RNV também há um espaço de uso público destinado a atividades de lazer e educação ambiental, sediando cursos e eventos relacionados à pesquisa do bioma.
    O projeto Eu Pesquisador reúne pesquisadores de projetos desenvolvidos na Reserva para compartilhar conhecimentos, despertar o interesse e conscientizar alunos e professores de escolas públicas da região sobre a importância da Biodiversidade. Em 2019, foram envolvidos 137 alunos e seis professores de três escolas estaduais do município de Sooretama. O Projeto contou com a parceria das Secretarias Municipais de Educação e Transporte de Sooretama/ES e pesquisadores das instituições Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Pitágoras e Universidade Vila Velha (UVV).

    Fundo Vale

    Desenvolvimento Sustentável Aliado à Conservação da Biodiversidade
    Ao longo de 12 anos de atuação, o Fundo apoiou 90 projetos, aportando cerca de R$ 212 milhões, focando em conservação e uso sustentável dos recursos naturais. Foi reconhecido entre os TOP 10 financiadores de ações de conservação da Amazônia, em estudo da Fundação Moore. Trabalha numa lógica de cooperação com organizações da sociedade civil, muitas delas referências nacionais e internacionais em sustentabilidade, com destaque para sua reputação, presença de campo e resultados efetivos na agenda socioambiental brasileira.
    A experiência acumulada pelo Fundo Vale mostrou que a conservação da Amazônia passa pelo sucesso de uma economia que valorize a floresta em pé. Assim, desde 2015, o Fundo Vale vem buscando fortalecer sua estratégia de apoio às cadeias produtivas de base florestal e sustentável. A partir de 2017 sua estratégia está focada no fomento de um ecossistema de negócios socioambientais. A ideia é criar um ambiente mais vibrante de negócios sustentáveis com impactos positivos mensuráveis, bem como instrumentos financeiros que potencializem as cadeias de base florestal e baixo carbono.
    Para mais informações a respeito do Fundo Vale, acesse o site.

    Projetos de pesquisa e conservação

    Ainda no campo das parcerias, a Vale financiou projetos de conservação de espécies ameaçadas, com destaque para:
    • “Projeto Amigos da Jubarte” - em parceria com o Instituto O Canal, o Instituto Baleia Jubarte, a Prefeitura Municipal de Vitória e a Universidade Federal do Espírito Santo.
       
    • “Onça-pintada”, o projeto Competição, coexistência e saúde geral de grandes felinos na Mata Atlântica de Tabuleiro, desenvolvido na Reserva Natural Vale (RNV) desde 2005, em parceria com a UVV.
       
    • Estudo de Mamíferos de Médio e Grande Porte Ameaçados com uso de Drone - parceria com a UFV desenvolvido em áreas protegidas Vale no Quadrilátero Ferrífero.
       
    • Projeto Harpia - parceria com a UFES e o INPA desenvolvido na Reserva Natural Vale e em Carajás.

    Pesquisa e Desenvolvimento

    Desde 2010 a Vale vem atuando, a partir da Gerência Executiva de Tecnologia e Inovação para a Sustentabilidade, em convênios e parcerias com instituições de fomento à pesquisa (FAPESPA, FAPESP, FAPEMIG, entre outras) e universidades.Em 2019 foram desenvolvidos vários projetos com apoio dessas instituições e parcerias com várias universidades como a UFV, UFRJ, UFES e UFMG. Entre eles estão projetos relacionados a recuperação ambiental, tecnologia aplicada ao estudo de mamíferos ameaçados e serviços ecossistêmicos em áreas protegidas.
    A Vale mantém desde 2009 o Instituto Tecnológico Vale – Mineração e Desenvolvimento Sustentável (ITV DS) em Belém, instituição sem fins lucrativos de pesquisa e ensino de pós-graduação. Essa instituição tem um grupo de pesquisadores dedicado a pesquisas relacionadas a biodiversidade e serviços ecossistêmicos com foco na Floresta Nacional de Carajás.
    As pesquisas desenvolvidas no ITV são orientadas para temas socioambientais de desafio da cadeia de mineração, prioritariamente nos territórios de atuação da Vale. A agenda do Instituto tem foco nos temas biodiversidade, serviços ambientais, recursos hídricos, genômica ambiental, reflorestamento com espécies nativas, recuperação de áreas degradadas, mudanças do clima, ocupação e uso da terra e socioeconomia. 
    Além da pesquisa, o ITV está envolvido na formação de pessoas por meio do curso de mestrado profissional “Uso sustentável dos recursos naturais em Regiões Tropicais."
    “A ITV trabalha para criar futuras oportunidades, por meio de pesquisas científicas e desenvolvimento de tecnologia e expandir o conhecimento e as fronteiras de negócios da Vale de maneira sustentável. ” 
    Para maiores informações acesse o site do ITV.

    Compromisso Empresarial Brasileiro para a Biodiversidade

    Em 2020 a Vale aderiu ao Compromisso Empresarial Brasileiro para a Biodiversidade proposto pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). Reforçamos ainda mais o nosso compromisso de investir na pesquisa, conservação, recuperação ambiental e disseminação do conhecimento produzido nas nossas áreas: https://cebds.org/ibnbio/o-compromisso/.

    BioParque Vale Amazônia

    O BioParque trabalha com importantes ações de educação ambiental e conscientização para a conservação, sendo que recebeu mais de 1 milhão de visitantes em 10 anos, cerca de 120 mil visitantes/ano, entre famílias, escolas e outras instituições de educação. Conta também com Herbário com cerca de 10.000 amostras da flora. A coleção está integrada na rede internacional, indexado e certificado pelo The New York Botanical Garden (Jardim Botânico de Nova York), o que permite uma maior aproximação com a comunidade científica, fornecendo subsídio para pesquisa e geração de conhecimento sobre espécies amazônicas.
    Membro da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB), o bioparque é referência em projetos de conservação e reprodução de espécies ameaçadas como as onças pintadas, ararajubas e cachorro-do-mato-vinagre.

    Compromissos com a Conservação da Biodiversidade

    Essas iniciativas reforçam nosso compromisso e confirmam que é possível integrar a conservação da biodiversidade à mineração.

    Quadrilátero Ferrífero

    Áreas Protegidas Vale: Formação de Corredores Ecológicos e Conservação de Espécies Ameaçadas no Quadrilátero Ferrífero
    No Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais (Brasil) que abriga os biomas Cerrado e Mata Atlântica, há cerca de 61 mil hectares de áreas protegidas, fruto de ações de compensação ambiental, reserva legal e de iniciativas voluntárias da Vale.
    Essa área representa 2,2 vezes a área das nossas operações no Quadrilátero Ferrífero. Esses espaços protegidos são definidos visando à formação de um mosaico de conectividade entre as reservas legais, unidades de conservação e demais áreas protegidas de terceiros, resultando em significativos corredores ecológicos que cumprem seu papel na manutenção da biodiversidade. 

    Carajás

    Em Carajás (Brasil, Pará, bioma Amazônia), ajudamos a proteger quase 800 mil hectares de florestas nativas e ecossistemas naturais associados, com cerca de 7 mil espécies de plantas e animais protegidos, entre essas. Nessa área, ajudamos a criar e a manter, em parceria com o ICMBio, o Parque Nacional dos Campos Ferruginosos de Carajás, com mais de 79 mil hectares de florestas e campos rupestres protegidos. Este parque concretiza a preservação de remanescentes de campos rupestres ferruginosos no norte do Brasil e amplia a proteção em mais de 22 mil hectares de áreas contínuas a Floresta Nacional de Carajás.

    Recuperação, restauração e conservação de espécies

    Focada na reprodução de espécies nativas do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais consideradas raras, endêmicas e ameaçadas de extinção, a Biofábrica é voltada para a recuperação e restauração de áreas pelo uso de espécies-chave para a conservação da biodiversidade da região.

    Áreas protegidas e unidades de conservação

    A Vale opera dentro de unidades de conservação em regiões de alto valor para a biodiversidade, sempre respeitando as determinações legais em cada categoria de Unidade de Conservação. Em Carajás, por exemplo, há operações na Floresta Nacional de Carajás (Minas em Serra Norte e S11D) e na Floresta Nacional do Tapirapé Aquiri (Salobo). Trata-se de unidades de conservação de uso sustentável, categoria que permite atividades antrópicas em desenvolvimento conjunto com a conservação da biodiversidade. Em Minas Gerais, a maioria das unidades operacionais do Quadrilátero Ferrífero fica dentro da Área de Proteção Ambiental Sul (APA Sul), também na categoria de unidades de conservação de uso sustentável.

    Em busca da conservação da biodiversidade, a Vale estabelece parcerias estabelecidas com unidades de conservação de terceiros, nas quais investe em infraestrutura, proteção ecossistêmica (aceiros, cercas, prevenção e combate a incêndio e caça), pesquisa e inovação.

    Recuperação de áreas degradadas

    Tanto o planejamento quanto a execução da RAD são de responsabilidade das unidades operacionais que integram os complexos minerários e os corredores logísticos (portos e ferrovias) da empresa, de modo que o processo de recuperação incorpore os valores ecológicos, estético-paisagísticos, socioeconômicos e culturais dos diferentes territórios em que atua. Já a área corporativa, além de oferecer suporte técnico, tem o papel de normalizar os procedimentos técnicos, administrativos e operacionais aplicáveis à RAD, além de promover a coleta e a consolidação dos principais indicadores de desempenho, a fim de subsidiar a tomada de decisões e dar visibilidade ao tema.
    Para o alinhamento do processo à Política de Sustentabilidade, a Vale estabeleceu o Padrão Gerencial de Sistema de RAD, cujo objetivo é definir e padronizar as diretrizes gerais a serem observadas no planejamento e execução das atividades de recuperação de áreas degradadas da empresa em âmbito nacional.

    Amazônia

    Estamos há mais de 30 anos na Amazônia, ajudando a proteger, em parceria com o ICMBio, cerca de 800 mil hectares, área equivalente a cinco vezes a cidade de São Paulo, que representam um estoque de 490 milhões de toneladas de carbono equivalente.

    Na última década, por meio do Fundo Vale, apoiamos mais de 70 iniciativas de instituições de pesquisa, governos, ONGs e startups para a proteção de mais de 23 milhões de hectares de floresta. Com a Fundação Vale, investimos em projetos sociais no Pará e no Maranhão, nas áreas de saúde, educação, cultura e geração de renda.

    E, com o Instituto Tecnológico Vale, investimos em pesquisas nas áreas de biodiversidade, estudo dos genomas de espécies e mudanças climáticas. Todas estas iniciativas somadas representaram R$ 792 milhões em investimentos.
    Por isso, reforçamos nosso compromisso de promover o desenvolvimento sustentável na região:
    • Respeitar e promover os direitos e a cultura dos povos indígenas e comunidades tradicionais.
    • Apoiar o combate ao desmatamento ilegal e ao garimpo ilegal, além de contribuir para o ordenamento territorial e a regularização fundiária nas terras consolidadas.
    • Investir em energias renováveis e reduzir emissões de carbono, com metas alinhadas ao Acordo de Paris.
    • Incentivar a inclusão de florestas nos mercados de carbono por meio de mecanismos de REDD e outros.
    • Escalar iniciativas de proteção e recuperação ambiental que valorizem a floresta de pé, ampliem o sequestro e o estoque de carbono e garantam os serviços ambientais. 
    E, dessa forma, avançamos no estabelecimento do nosso Novo Pacto com a Sociedade.

    Perspectivas

    A Gestão e Conservação de Florestas e Biodiversidade tem grandes desafios, destacando-se entre eles a busca por novas tecnologias que permitam a implementação de projetos cada vez mais sustentáveis. Tudo isso envolve não apenas empresas, mas também iniciativas governamentais, universidades e outras instituições de pesquisa que possam trabalhar em conjunto para desenvolver e aplicar essas iniciativas.
    Ampliar o conhecimento sobre as áreas protegidas e fortalecer a análise de riscos a biodiversidade também fazem parte dos desafios que a Vale tem pela frente, já que essas medidas fortalecem as bases para a análise de riscos e prevenção de impactos, bem como para o planejamento de mitigação e conservação. Os investimentos em ações de pesquisa e desenvolvimento que já fazem parte dessa estratégia são uma grande oportunidade para garantir resultados positivos nesses desafios.

    Business Case

    Vale & Biodiversidade – resultados de iniciativas que concretizam nossa estratégia
    Flora Carajás
    A canga ferruginosa de Carajás foi objeto de uma pesquisa desenvolvida por 145 pesquisadores de 30 instituições no país e no exterior. Como resultado, a região de Carajás passou a contar com umas das floras mais bem estudadas do país, o que contribui para a sua conservação. Foram identificadas 1.094 espécies distintas contidas em 164 famílias.
    Um dos aspectos que tornaram o trabalho único foi a coleta de amostras de plantas para a produção de identificadores genéticos, conhecidos como códigos de barra de DNA, por meio do sequenciamento, o que resultou na produção de uma biblioteca de referência para a flora permitindo a rápida e objetiva identificação das espécies e suas relações evolutivas.
    Os resultados possibilitaram também o desenvolvimento de tecnologia para o uso do DNA das plantas, presentes no solo, como uma nova ferramenta molecular para o monitoramento ambiental. Os resultados da flora foram publicados 169 artigos em quatro fascículos da revista Rodriguésia, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e em outros 10 trabalhos adicionais. A mesma abordagem está sendo aplicada no estudo da flora da Floresta Amazônica e da biota cavernícola.
    Biodiversidade, Mineração e Conservação 
    Hoje, em torno de 1 milhão de hectares de floresta, principalmente na Amazônia, é protegida pela Vale, diretamente ou através de parcerias. Nós nos comprometemos a recuperar e proteger 500.000 ha até 2030.
    Há décadas a Vale vem protegendo a floresta Amazônica, enquanto opera a maior mina de minério de ferro do mundo. Com isso, é possível notar, pela imagem abaixo, que praticamente toda a área ao redor de nossas operações foi desmatada nos últimos 30 anos, ficando praticamente intacta apenas a área que a Vale ajuda a proteger.

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