Controle e Gestão de Barragens - ESG
Controle e Gestão de Barragens
Um exemplo desses esforços permanentes é a criação, desde 2019, de três Centros de Monitoramento Geotécnico (CMG), que monitoram as barragens 24/7 para garantir informações úteis à melhor tomada de decisão.
Centro de Monitoramento de Geotecnia (CMG)
Gestão de Emergência
Pilares
Na área de ferrosos, o sistema de gerenciamento de risco integrado de estruturas geotécnicas da Vale se baseia em três pilares principais:
Equipes especializadas em controle e gestão de barragens são dedicadas ao cuidado das estruturas da Vale.
Reavaliação de procedimentos na gestão de segurança, de risco e de emergência, em todo o ciclo da estrutura: da implementação do projeto à operação. Em todas as fases, são realizados prognóstico de riscos e é estabelecido estado de alerta em caso de emergência. A política de segurança de barragens e de estruturas geotécnicas de mineração, estabelecida em outubro de 2020, e o padrão normativo de gerenciamento de riscos de negócio da Vale, revisado em dezembro de 2020, direcionam esse trabalho.
Sistemas de Informação:
São dois desses sistemas na área de ferrosos:
- Geotec: armazena dados de manutenção estrutural e monitoramento;
- GRG: armazena dados técnicos das estruturas e o Plano de Segurança de Barragens (PSB).
Níveis de Emergência de Barragens:
Consideram-se situações de emergência aquelas decorrentes de eventos adversos que afetem a segurança da barragem e possam causar danos à sua integridade estrutural e operacional, à preservação da vida, da saúde, da propriedade e do meio ambiente. A situação de emergência deverá ser avaliada e classificada de acordo com os níveis abaixo:Quando detectada anomalia que resulte na pontuação máxima quanto ao estado de conservação ou para qualquer outra situação com potencial comprometimento de segurança da estrutura, que demande inspeções diárias.
Comunicação
Agência Nacional de Mineração (ANM), órgãos ambientais, Defesa Civil (nacional, estadual e municipal).
Estruturas da Vale
Ações imediatas: sinalização de instabilidade e intensificação do monitoramento.
Barragens: 5-Mutuca, 6, 7A, B, Campo Grande, Dicão Leste, Doutor, Maravilhas II, Norte/Laranjeiras, PDE 3, Peneirinha, Pontal, Vargem Grande.
Quando o resultado das ações adotadas na anomalia referida do Nível I for classificada como “não controlada” ou “não extinta”, necessitando de novas inspeções especiais e intervenções.
Comunicação
ANM, órgãos ambientais Defesa Civil (nacional, estadual e municipal,) Zona de Autossalvamento (ZAS), e Zona de Segurança Secundária (ZSS).
Estruturas da Vale
Immediate actions: from that level, people in the ZAS are evacuated.
Dams: B3/B4, Dique de Pedra, Forquilha I, Forquilha II, Grupo, Xingu.
Detalhamento |
---|
Comunicação
ANM, órgãos ambientais Defesa Civil (nacional, estadual e municipal), ZAS e ZSS.
Estruturas da Vale
Ações imediatas: os cuidados são estendidos para as pessoas que estão na ZSS por meio de medidas educativas adicionais.
Barragens: Forquilha III, Sul Superior.
Nível de Emergência
|
Detalhamento
|
Comunicação
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Estruturas da Vale
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---|---|---|---|
|
Quando detectada anomalia que resulte na pontuação máxima quanto ao estado de conservação ou para qualquer outra situação com potencial comprometimento de segurança da estrutura, que demande inspeções diárias.
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Agência Nacional de Mineração (ANM), órgãos ambientais, Defesa Civil (nacional, estadual e municipal).
|
Ações imediatas: sinalização de instabilidade e intensificação do monitoramento. |
|
Quando o resultado das ações adotadas na anomalia referida do Nível I for classificada como “não controlada” ou “não extinta”, necessitando de novas inspeções especiais e intervenções.
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ANM, órgãos ambientais Defesa Civil (nacional, estadual e municipal,) Zona de Autossalvamento (ZAS), e Zona de Segurança Secundária (ZSS).
|
Ações imediatas: a partir desse nível é feita a evacuação das pessoas que estão na ZAS.
Barragens: B3/B4, Dique de Pedra, Forquilha I, Forquilha II, Grupo, Xingu. |
|
Situação de ruptura iminente ou está ocorrendo.
|
ANM, órgãos ambientais Defesa Civil (nacional, estadual e municipal), ZAS e ZSS.
|
Ações imediatas: os cuidados são estendidos para as pessoas que estão na ZSS por meio de medidas educativas adicionais.
Barragens: Forquilha III, Sul Superior. |
- Quantidade: -
- Estrutura: -
- Quantidade: 21
- Estrutura: -
- Quantidade: 2
- Estrutura: As barragens Capitão do Mato e Área IX tiveram seus níveis de emergência retirados.
Atualização Nível de Emergência em 06/04/2023
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Quantidade
|
Estrutura – Comentários
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---|---|---|
|
-
|
-
|
|
21
|
-
|
|
2
|
As barragens Capitão do Mato e Área IX tiveram seus níveis de emergência retirados.
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Listas de estruturas em nível de emergência
Estruturas com método de alteamento a montante
Minério de Ferro Estrutura |
Status Operacional |
Localização |
Finalidade |
DCE |
Nível de Emergência |
Data de nível de emergência |
---|---|---|---|---|---|---|
B3/B4
|
Inativa
|
Nova Lima
|
Rejeitos
|
Negativa
|
2
|
02/12/2022
|
Campo Grande
|
Inativa
|
Mariana
|
Rejeitos
|
Negativa
|
1
|
01/04/2019
|
Doutor
|
Inativa
|
Ouro Preto
|
Rejeitos
|
Negativa
|
1
|
18/05/2021
|
Forquilha I
|
Inativa
|
Ouro Preto
|
Rejeitos
|
Negativa
|
2
|
08/10/2020
|
Forquilha II
|
Inativa
|
Ouro Preto
|
Rejeitos
|
Negativa
|
2
|
20/02/2019
|
Forquilha III
|
Inativa
|
Ouro Preto
|
Rejeitos
|
Negativa
|
3
|
27/03/2019
|
Grupo
|
Inativa
|
Ouro Preto
|
Rejeitos
|
Negativa
|
2
|
20/02/2019
|
Pontal
|
Inativa
|
Itabira
|
Rejeitos
|
Negativa
|
1
|
31/03/2019
|
Sul Superior
|
Inativa
|
Barão de Cocais
|
Rejeitos
|
Negativa
|
3
|
22/03/2019
|
Vargem Grande
|
Inativa
|
Nova Lima
|
Rejeitos
|
Negativa
|
1
|
04/06/2019
|
Xingu
|
Inativa
|
Mariana
|
Rejeitos
|
Negativa
|
2
|
29/09/2020
|
Estruturas com método de alteamento a jusante
Minério de Ferro
Estrutura |
Status Operacional |
Localização |
Finalidade |
DCE |
Nível de Emergência |
Data de nível de emergência |
---|---|---|---|---|---|---|
5 - Mutuca
|
Operação
|
Nova Lima
|
Rejeitos
|
Negativa
|
1
|
29/07/2020
|
Maravilhas II
|
Inativa
|
Itabirito
|
Rejeitos
|
Negativa
|
1
|
01/04/2019
|
Peneirinha
|
Inativa
|
Nova Lima
|
Rejeitos
|
Negativa
|
1
|
01/04/2020
|
Estruturas com método de alteamento em etapa única, linha de centro ou desconhecido
Minério de Ferro |
Status Operacional |
Localização |
Finalidade |
DCE |
Nível de Emergência |
Data de nível de emergência |
|
---|---|---|---|---|---|---|---|
6
|
Inativa
|
Nova Lima
|
Sedimentos
|
Negativa
|
1
|
09/06/2020
|
|
7A
|
Inativa
|
Nova Lima
|
Sedimentos
|
Negativa
|
1
|
09/06/2020
|
|
B
|
Inativa
|
|
Sedimentos
|
Negativa
|
1
|
01/04/2019
|
|
Dicão Leste
|
Operação
|
Mariana
|
Sedimentos
|
Positiva
|
1
|
30/09/2022
|
|
Dique de Pedra
|
Inativa
|
Ouro Preto
|
Rejeitos
|
Negativa
|
2
|
22/02/2022
|
|
Norte Laranjeiras
|
Inativa
|
Barão de Cocais
|
Rejeitos
|
Negativa
|
1
|
30/11/2021
|
|
PDE 3
|
Operação
|
São Gonçalo do Rio de Baixo
|
Sedimentos
|
Negativa
|
1
|
01/09/2011
|
Listas de estruturas em nível de emergência
Estruturas com método de alteamento a montante
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativa
- Localização: Nova Lima
- Finalidade: Rejeitos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 2
- Data de nível de emergência: 02/12/2022
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativa
- Localização: Mariana
- Finalidade: Rejeitos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 1
- Data de nível de emergência: 01/04/2019
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativa
- Localização: Ouro Preto
- Finalidade: Rejeitos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 1
- Data de nível de emergência: 18/05/2021
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativa
- Localização: Ouro Preto
- Finalidade: Rejeitos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 2
- Data de nível de emergência: 08/10/2020
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativa
- Localização: Ouro Preto
- Finalidade: Rejeitos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 2
- Data de nível de emergência: 20/02/2019
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativa
- Localização: Ouro Preto
- Finalidade: Rejeitos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 3
- Data de nível de emergência: 27/03/2019
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativa
- Localização: Ouro Preto
- Finalidade: Rejeitos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 2
- Data de nível de emergência: 20/02/2019
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativa
- Localização: Itabira
- Finalidade: Rejeitos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 1
- Data de nível de emergência: 31/03/2019
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativa
- Localização: Barão de Cocais
- Finalidade: Rejeitos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 3
- Data de nível de emergência: 22/03/2019
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativa
- Localização: Nova Lima
- Finalidade: Rejeitos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 1
- Data de nível de emergência: 04/06/2019
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativa
- Localização: Mariana
- Finalidade: Rejeitos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 2
- Data de nível de emergência: 29/09/2020
Estruturas com método de alteamento a jusante
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Operação
- Localização: Nova Lima
- Finalidade: Rejeitos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 1
- Data de nível de emergência: 29/07/2020
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativa
- Localização: Itabirito
- Finalidade: Rejeitos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 1
- Data de nível de emergência: 01/04/2019
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativa
- Localização: Nova Lima
- Finalidade: Rejeitos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 1
- Data de nível de emergência: 01/04/2020
Estruturas com método de alteamento em etapa única, linha de centro ou desconhecido
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativa
- Localização: Nova Lima
- Finalidade: Sedimentos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 1
- Data de nível de emergência: 09/06/2020
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativa
- Localização: Nova Lima
- Finalidade: Sedimentos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 1
- Data de nível de emergência: 09/06/2020
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativa
- Localização: Nova Lima
- Finalidade: Sedimentos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 1
- Data de nível de emergência: 01/04/2019
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Operação
- Localização: Mariana
- Finalidade: Sedimentos
- DCE: Positiva
- Nível de Emergência: 1
- Data de nível de emergência: 30/09/2022
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativo
- Localização: Ouro Preto
- Finalidade: Rejeitos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 2
- Data de nível de emergência: 22/02/2022
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Inativo
- Localização: Barão de Cocais
- Finalidade: Rejeitos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 1
- Data de nível de emergência: 30/11/2021
- Unidade de negócio: Minério de Ferro
- Status Operacional: Operação
- Localização: São Gonçalo do Rio de Baixo
- Finalidade: Sedimentos
- DCE: Negativa
- Nível de Emergência: 1
- Data de nível de emergência: 01/09/2011
Documentos adicionais:
Medidas para estruturas em nível de emergência
Para as 13 estruturas com protocolos de emergência ativos em nível 1, a Vale conta com ações intensificadas de monitoramento e sinalização de instabilidade, além da realização de estudos, ações e obras complementares para melhoria de segurança, conforme o caso.
As 8 estruturas com protocolos de emergência ativos em níveis 2 e 3 tiveram as respectivas Zonas de Autossalvamento¹ evacuadas em caráter preventivo, com a remoção e realocação das famílias localizadas à jusante das estruturas (quando aplicável). Nesses casos, a Vale adota medidas para o fortalecimento das condições de estabilidade e segurança, como a manutenção dos reservatórios secos, a redução do aporte de água e a implantação de canais de cintura.
A Vale também mantém estruturas de contenção a jusante para as barragens em condições críticas para evitar que os rejeitos atinjam a Zona Secundária de Segurança² dos municípios em um cenário hipotético extremo de ruptura.
- Em 2020, foram concluídas duas estruturas de contenção a jusante das barragens Sul Superior, em Barão de Cocais, e B3/B4 em Nova Lima (MG).
- Em 2021, a Vale concluiu a estrutura de contenção a jusante das barragens de Forquilhas I, II, III, IV e Grupo, em Ouro Preto (MG).
- Em 2022, a Vale concluirá a construção de uma estrutura de contenção a jusante das instalações de armazenamento e rejeitos do Pontal, em Itabira (MG), relacionada aos Diques Minervino e Cordão Nova Vista.
- Atualmente estamos trabalhando na definição das soluções para implantação de outras duas estruturas de contenção a jusante em Minas Gerais.
- Uso de equipamentos operados remotamente para remoção de rejeitos em TSFs críticas.
Note : ¹ Zonas de Autossalvamento (ZAS): Região onde não há tempo suficiente para as autoridades competentes intervirem em situações de emergência. Para sua delimitação, deve-se adotar uma distância que corresponda a um tempo de chegada da onda de inundação igual a trinta minutos ou 10 km. ² Zonas de Segurança Secundárias (ZSS): Região contida no Mapa de Inundação e que não pode ser definida como ZAS. ³ ECJ = Estrutura de Contenção a Jusante.
Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM)
Parte do Plano de Segurança de Barragem (PSB), o PAEBM é um documento técnico protocolado nas prefeituras e Defesas Civis (municipais, estaduais e federais) e que define ações imediatas em caso de emergência.
Objetivos:
- Evitar ou minimizar perdas de vidas, impactos sociais, econômicos e ambientais.
- Identificar e classificar situações e/ou eventos diversos que possam colocar em risco a integridade da estrutura da barragem;
- Estabelecer ações emergenciais.
- Informar o fluxo de comunicação com os diversos agentes envolvidos.
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Os PAEBMs das estruturas da Vale são submetidos às prefeituras, Defesas Civis e órgãos ambientais de Minas Gerais.
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Conteúdo do PAEBM
Engajamento com a comunidade:
Para que os moradores próximos às barragens saibam como reagir em situação de emergência.
- Realização de simulados junto às comunidades;
- Parceria com a Defesa Civil;
- Sistemas de sirene e alertas;
- Canal aberto com a comunidade para dúvidas e esclarecimentos sobre o PAEBM.
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EmpreendedorAgente privado ou governamental que explora a barragem para benefício próprio ou da coletividade. |
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Responsável técnicoEncarrega-se das atribuições profissionais do projeto: construção, operação, manutenção ou monitoramento da barragem. |
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CoordenadorAgente designado pelo empreendedor, responsável por coordenar o PAEBM, e que se compromete a estar disponível para atuar prontamente nas situações de emergência da barragem. |
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Equipe de segurançaConjunto formado por profissionais do próprio quadro de pessoal do empreendedor ou por contratadas especificamente para este fim. |
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Agentes externosAutoridades do poder público responsáveis pela fiscalização e gestão da segurança da barragem. Atuam em caso de emergência. |
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Centro de Monitoramento GeotécnicoEquipe do empreendedor que monitora continuamente a barragem e executa as ações previamente estabelecidas para as situações de emergência. |
Usadas para classificar as populações das imediações em caso de emergência.
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Zona de Autossalvamento (ZAS)Região em que se considera não haver tempo suficiente para uma intervenção das autoridades competentes em situações de emergência. Para sua delimitação, deve-se adotar uma distância que corresponda a um tempo de chegada da onda de inundação igual a trinta minutos ou 10 km. |
---|---|
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Zona Secundária de SegurançaRegião constante do Mapa de Inundação e que não pode ser definida como ZAS. |
Fluxo de ações esperadas - PAEBM:
Brumadinho (MG)
No episódio com a barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), logo após o ocorrido foram criados:- Grupo de Resposta Imediata
A Vale nomeou um de seus executivos para liderar o grupo e consolidar todas as ações emergenciais, de qualquer natureza, relacionadas aos atingidos pelo rompimento da barragem.
Na ocasião, o executivo se mudou de forma permanente para Belo Horizonte, a fim de intensificar a agilidade e a eficiência das ações.
- Comitê de Ajuda Humanitária
Com uma equipe formada por assistentes sociais e psicólogos, o comitê prestou assistência aos atingidos – que incluiu hospedagem, alimentos, água e medicamentos aos atingidos e familiares.
Iniciativas da gestão de barragens
Desde o rompimento da barragem em Brumadinho, as análises realizadas pela Vale foram intensificadas no intuito apoiar a realização de ações preventivas e corretivas em todas a estruturas.
Reporte da Diretoria de Segurança e Excelência Operacional ao CEO;
Gestão de risco composta por 3 linhas de defesa;
Criação do Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário de Segurança de Barragens (CIAESB)¹, que reporta diretamente ao Conselho Administrativo;
Formação de um Comitê de Riscos específico para riscos geotécnicos;
Reforço adicional para aumentar o fator de segurança das barragens;
Implementação do Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG);
Reestruturação de seu sistema de gestão de barragens e rejeitos de mineração.
1. Reporte da Diretoria de Segurança e Excelência Operacional ao CEO; |
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2.
Gestão de risco composta por 3 linhas de defesa; |
3.
Criação do Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário de Segurança de Barragens (CIAESB)¹, que reporta diretamente ao Conselho Administrativo; |
4.
Formação de um Comitê de Riscos específico para riscos geotécnicos; |
5.
Reforço adicional para aumentar o fator de segurança das barragens; |
6.
Implementação do Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG); |
7.
Reestruturação de seu sistema de gestão de barragens e rejeitos de mineração. |
- Diretor Executivo liderando o departamento e definindo parâmetros técnicos;
- Suporte ao uso de modelos de risco e gerenciamento de ativos padrões pela área operacional;
- Foco em normas e procedimentos;
- Auditoria com independência e transparência;
- Diretoria dedicada à Geotecnia, com foco na adoção das melhores práticas.
- Figura do responsável pela gestão e seguranças nas operações;
- Cumprimento dos guidelines de excelência operacional;
- Relatórios de denúncias e de gestão de risco dos ativos;
- Garantia quanto a expertise técnica das equipes operacionais;
- Obrigatoriedade da aplicação do Modelo de Gestão da Vale (Vale Production System - VPS).
O reporte da Diretoria de Segurança e Excelência ao CEO prevê:
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Áreas de negócios e unidades funcionais incluem:
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Sistema de Gestão Rotina, Performance e Riscos (RPR)
O RPR da Vale tem o intuito de cobrir todos os aspectos relevantes para a segurança de uma barragem ou depósito de rejeitos.Nesse sistema, são acompanhadas as gestões:
- da rotina aplicada a estrutura, por meio da disciplina operacional;
- da performance do ativo geotécnico, viabilizada por um acompanhamento contínuo e formal do Engenheiro de Registro;
- dos riscos, pela identificação de modos de falha e seus controles críticos, inserção e acompanhamento via plataforma de gestão de riscos de negócio.
Gestão de risco das barragens de rejeitos
A governança e a atualização das linhas de defesa das barragens aumentam o fluxo de dados dentro da empresa, permitindo que informações relacionadas a riscos e segurança sejam constantemente revisadas e cheguem até a alta administração.Governança e supervisão robustas para a gestão de TSF¹ apoiadas por remuneração executiva ajustada:
Remuneração Executiva
- 35-60% da remuneração variável de curto prazo atrelada a metas de Saúde e Segurança, Risco Operacional e VPS.
- A área de Segurança e Excelência Operacional não tem meta atrelada a métricas de produção ou financeiras.
Nota: ¹ TSF significa Tailings Storage Facility, com critérios acordados pelo Grupo de Assessoramento em Rejeitos do International Council on Mining and Metals em resposta à solicitação de informações da Church of England , que pode diferir dos critérios da Agência Brasileira de Mineração. ² Requisito do Padrão Global da Indústria para Gestão de Rejeitos (GISTM).
Técnico
- Diretrizes básicas de geotecnia;
- Disciplina operacional;
- Padrões das atividades e rotinas mínimas;
- Elaboração de 25 padrões normativos;
- Elaboração de uma política para segurança de barragens;
- Integração dos riscos geotécnicos ao GRN;
- Governança de projetos;
- Requisitos mínimos.
Gestão
- Implementação de um modelo baseado na gestão da Rotina, da Performance e Riscos (RPR);
- Introdução do Engenheiro de Registro (EoR) e acompanhamento contínuo das estruturas;
- Aplicação do HIRA para barragens;
- Planejamento Controle Manutenção (PCM);
- Implementação do Sistema de Gerenciamento e Desenvolvimento no Chão de Fábrica (Floor Management Development System - FMDS);
- Desdobramento da Estratégia;
- Governança.
Liderança
- Revisão da estrutura organizacional;
- Funções e responsabilidades definidas;
- Elaboração Matriz RACI (ferramente de visualização de responsabilidades) e revisão aspectos de recursos humanos;
- Transformação comportamental e capacitação.
Indicadores
Nota: ¹ Metodologia Hazard Identification and Risk Assessment. ² TSF significa Tailings Storage Facility. ³ Inclui instalações dentro das operações da Vale e exclui Joint-Ventures (JVs) não operadas. ⁴Considerando o número máximo de estruturas em nível que tivemos naquele ano.
O sistema de Gestão de Riscos da Vale segue o reconhecido modelo de 3 linhas de defesa:
A Primeira Linha de Defesa - formada pelos donos do risco e executores dos processos do negócio, projeto e áreas administrativas e de suporte da empresa. São eles diretamente responsáveis pela identificação, avaliação, monitoramento e gestão de eventos de risco de forma integrada.
A Segunda Linha de Defesa - corresponde as áreas de segurança ocupacional, gestão de risco, controles internos, padronização, conformidade legal e áreas especializadas - como as de excelência operacional e gestão de ativos -, supervisando e dando suporte ao trabalho da primeira linha de defesa.
A Terceira Linha de Defesa - composta de áreas com total independência da administração: a Auditoria Interna e a unidade de Ouvidoria. Ambas realizam avaliações e inspeções, levando em consideração suas respectivas áreas de operação. O resultado desse processo é uma avaliação isenta e que inclui a efetividade da gestão de risco, controles internos e compliance.
Nota: ¹TSFs = Tailings Storage Facility ou Estruturas de Armazenamento de Rejeitos
Padrão Global da Indústria sobre Gestão de Rejeitos ("GISTM")
A Vale está focada na evolução de seu Sistema de Gestão de Rejeitos e Barragens ("TDMS") para os negócios de Ferrosos, Carvão e Metais Básicos. Durante 2019 e 2020, a Vale trabalhou em estreita colaboração com o International Council on Metals and Mining ("ICMM") e participou ativamente do Padrão Global da Indústria de Gestão de Rejeitos ("GISTM", em inglês) - um esforço cujo objetivo é melhorar a segurança em todas as fases das estruturas de armazenamento de rejeitos em seu ciclo da vida.
Em 5 de agosto de 2020, a Vale e todos os membros do ICMM se comprometeram a implementar o GISTM. Todas as instalações de rejeitos operadas pela Vale com consequências potenciais “extremas” ou “muito altas” estarão em conformidade com o GISTM até 5 de agosto de 2023. Todas as outras instalações de rejeitos operadas pela Vale que não estejam em um estado de fechamento seguro estarão em conformidade com o GISTM até 5 de agosto de 2025.
O Conselho de Administração da Vale aprovou, em outubro de 2020, uma nova Política de Segurança de Barragens e Estrutura Geotécnica de Mineração, que tem o GISTM como uma de suas referências. Entre outras diretrizes, a política determina que todos os componentes do TDMS sejam projetados com elementos de melhoria contínua, utilizando e aplicando as melhores tecnologias e práticas disponíveis de acordo com instituições internacionais, incluindo o ICMM.
A empresa vem trabalhando na evolução de seu TDMS desde antes do lançamento do GISTM e a Vale estará em conformidade com o Global Industry Standard para gestão de rejeitos:
Nota: ¹ GISTM significa Global Industry Standard on Tailings Management. ² Divulgação pública do GISTM em Março/2022. ³ Tailings Storage Facility, com critérios acordados pelo Grupo de Assessoramento do Conselho Internacional de Mineração e Metais em resposta à solicitação de informações do, Church of England , que pode diferir dos critérios da Agência Brasileira de Mineração.
Avanços concretos para a implementação do GISTM
Exemplos não-exaustivos
Affected communities
- Grievance Global Standard released on October 30, 2020;
- Human Rights Global Policy and Global Standard Procedure for engagement with Indigenous People and Traditional Communities;
- Brazilian legislation requires FPIC;
- All process that requires EPRP review has an Indigenous and Quilombola component.
Integrated knowledge base
- The EPRP¹ registers the project-affected people (socio-economic and environmental);
- The most at-risk groups are also identified;
- Probabilistic seismicity hazards and climate change assessments being performed;
- TSF break studies under review, following best practices.
Design, construc-tion, operation & monitoring
- Consequence of failure classification being reviewed in accordance with GISTM;
- Addressing brittle failure modes with conservative design criteria (implementation of backup dams for the critical upstream TSF);
- Design Basis Report prepared by EoR’s;
- HIRA to assess risks and critical controls, geotechnical monitoring centers with TARPS.
Management and governance
- Policies, systems and accountabilities completely reviewed;
- ITRB and EoR appointed;
- Multi levels of review implemented;
- Geotechnical knowledge portal implemented;
- Organizational culture with VPS enforcement;
- Ombudsman channel with whistleblower protection.
Emergency response and long-term recovery
- EPRP¹ publicly disclosed;
- Engagement with public sector agencies in post-failure response strategies;
- Brumadinho reparation enabling participation of the affected people in the restoration and recovery works and ongoing monitoring activities.
Public disclosure and access to information
- GISTM implementation commitment disclosed at the ESG Portal;
- ESG Portal under frequent review to accommodate all the TSF and information requested;
- Monthly EoR reports publicly disclosed.
Comunidades afetadas
- Padrão Global de Grievance lançado em 30 de outubro de 2020;
- Política Global de Direitos Humanos e Procedimento Padrão Global para engajamento com Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais;
- A legislação brasileira exige FPIC;
- Todo processo que requer revisão do PAEBM tem componente indígena e quilombola.
Base integrada de conhecimento
- O PAEBM¹ cadastra as pessoas afetadas pelo projeto (socioeconômico e ambiental);
- Os grupos em maior risco também são identificados;
- Riscos sísmicos probabilísticos e avaliações das alterações climáticas em execução;
- Estudos de ruptura TSF em revisão, seguindo as melhores práticas.
Design, construção, operação e monitoramento
- Consequência da classificação de falhas sendo revisada de acordo com o GISTM;
- Abordando os modos de falha de ruptura com critérios de projeto conservadores (implementação de estruturas de contenção a justante para TSF críticas);
- Relatório Design Basis preparado pelo EoR’s;
- HIRA para avaliação de riscos e controles críticos, centros de monitoramento geotécnico com TARPS.
Gestão e governança
- Políticas, sistemas e responsabilidades completamente revisados;
- ITRB e EoR nomeados;
- Vários níveis de revisão implementados;
- Portal de conhecimento geotécnico implementado;
- Cultura organizacional com aplicação de VPS;
- Canal de Denúncias com proteção do denunciante.
Resposta a emergência e recuperação de longo prazo
- PAEBM¹ divulgado publicamente;
- Engajamento com agências do setor público sobre estratégias de resposta pós-falha;
- Reparação de Brumadinho permitindo a participação das pessoas afetadas nas obras de restauração e recuperação e atividades de monitoramento contínuo.
Divulgação pública e acesso à informação
- Compromisso de implementação do GISTM divulgado no Portal ESG;
- Portal ESG sob revisão frequente para acomodar todas as TSF e informações solicitadas;
- Relatórios mensais de EoR divulgados publicamente.
Nota: ¹ Planos de Ação de Emergência para Barragens de Mineração
Iniciativas para redução do uso de barragens
A Vale planeja reduzir significativamente o uso de barragens e vai investir em alternativas que permitam que as operações de processamento úmido sejam substituídas por processos mais seguros e sustentáveis.
Em 2022, a Vale atingiu uma participação aproximada de 79% na produção de beneficiamento a seco, em comparação com 40% em
2014.
A Vale espera ter apenas aproximadamente 15% da produção baseada na disposição de rejeitos em barragens
construídas em uma única etapa ou levantadas por linha central ou método a jusante quando:
- Atingir 360 Mtpa em capacidade; e
- Concluir a implementação de outros projetos relacionados, incluindo o aumento de produção no Sistema Norte, a conversão da Planta 1 Em Serra Norte para beneficiamento a seco, o início do projeto Capanema e a implementação de instalações de filtragem de rejeitos e de concentração a seco.
Soluções viáveis
Processamento a seco
- No Pará, cerca de 80% da produção já ocorre desta forma;
- A principal usina de Carajás (Pará) está em processo de conversão para umidade natural. Das 17 linhas de processamento da planta, 11 já são a seco. As seis linhas a úmido restantes serão convertidas até 2023;
- As plantas de tratamento em Curionópolis e em Canaã dos Carajás (ambas no Pará) também não utilizam água no tratamento do minério;
- Em Minas Gerais, iniciamos a operação do Complexo de Itabira (Cauê e Conceição) e das usinas de filtragem de Brucutu, a segunda e a terceira das quatro usinas em construção no estado.
Produção de minério de ferro por método Mt
- Investimento de cerca de US$2.223 milhões entre 2019 e 2027 em alguns de nossos sites, incluindo o Complexo de Vargem Grande, Complexo de Itabira e Brucutu, a serem operados com sistemas de filtragem de rejeitos e descarte de rejeitos de empilhamento a seco.
- Meta de investir na construção, em Minas Gerais, de uma planta industrial para concentração magnética com capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas por ano - a primeira instalação de concentração de finos magnéticos secos em escala industrial do mundo;
- A tecnologia brasileira é conhecida como Fines Dry Magnetic Separation – FDMS, exclusiva e desenvolvida pela New Steel; e
- Start-up previsto para 2024 no complexo de Vargem Grande.