Energia - ESG
Energia
Para transformar recursos naturais em prosperidade e desenvolvimento, temos uma grande demanda energética. Para atender a esta demanda, mantemos um portfólio de contratos e geração própria, formado principalmente por energia renovável.
Reporte de KPIs
Atualmente, estamos posicionados entre as indústrias com menor custo de eletricidade do mundo.
Como a Vale é um dos 5 maiores consumidores de eletricidade do Brasil, um importante indicador de desempenho é o custo da energia elétrica. O custo de energia elétrica da Vale Global é de US$ 5 bi/ano.
Intensidade de energia consumida por produto (1)
Produto
|
Unidade (3) |
|
|
---|---|---|---|
Minério de Ferro
|
GJ / tFe Eq
|
0,087
|
|
Pelotas
|
GJ / tFe Eq
|
0,633
|
|
Minério de Manganês
|
GJ / tfe Eq
|
Sem produção
|
|
Ferroligas Manganês
|
GJ / tFe Eq
|
Sem produção
|
|
Carvão (Térmico e Metalúrgico)
|
GJ / tFe Eq
|
0,764
|
|
Níquel e Cobre(2) |
GJ / tFe Eq
|
1,077
|
Notas:
(1) Intensidade de energia consumida por produto é a quantidade de energia necessária para produzir uma tonelada do produto nas atividades das unidades produtivas, não incluindo os volumes de energia consumidos nas operações logísticas (ferrovia, portos, etc.).
(2) Ao extrair e processar níquel, nossas operações também produzem cobre, cobalto e metais preciosos. Devido à baixa expressividade de volume do cobalto e metais preciosos, o indicador considera somente os volumes totais de níquel e cobre. Algumas unidades produzem somente cobre.
(3) No indicador GJ/tFeEq (Gigajoules por tonelada de minério de ferro equivalente), todas as produções dos diferentes produtos da Vale (carvão, níquel, cobre, manganês, etc) são convertidos ao equivalente de minério de ferro, nosso principal produto.
Evolução do Desempenho
O consumo de energia foi de 137 mil TJ, uma pequena redução em relação ao do ano anterior, justificada, especialmente, pelo menor consumo contabilizado de Diesel e energia elétrica, tanto em Moçambique quanto no Brasil, dada a venda dos ativos de carvão e ferro-ligas, além das operações de manganês em Minas Gerais e ativos de ferrosos do sistema Centro-Oeste. Esta redução só não foi mais significativa devido à manutenção dos níveis de consumo para a produção de minério de ferro e pelotas, além do melhor desempenho na produção do Níquel em Onça Puma.
A intensidade energética global, em 2022, foi de 0,335 TJ/mil toneladas de minério de ferro equivalente
A intensidade energética global, em 2022, foi de 0,335 TJ/mil toneladas de minério de ferro equivalente
Até 2021, o indicador de Intensidade Energética considerava os energéticos principais da matriz da Vale (carvão/ coque, óleo combustível, gás natural e diesel). A partir de 2022, este indicador passou a considerar a soma de todo o consumo de energia dentro da organização dividido pela produção divulgada do ano, convertida em MFe-eq. Adicionalmente, os desinvestimentos concluídos em 2022 foram também refletidos na linha de base da meta de 2017.
Em 2022, a eletricidade representou 30,2% da matriz de consumo de energia da Vale, sendo 86,7% desta energia elétrica proveniente de fontes renováveis.
No Brasil, esse percentual é ainda maior: 99,95% são de origem renovável, sendo atendidos pelos contratos de concessão para os ativos próprios, bem como pelos contratos de aquisição de energia da Vale. Essa energia renovável contratada foi atestada por meio de certificados ou declarações de geradores, tendo sido auditada por terceira parte.
No Brasil, esse percentual é ainda maior: 99,95% são de origem renovável, sendo atendidos pelos contratos de concessão para os ativos próprios, bem como pelos contratos de aquisição de energia da Vale. Essa energia renovável contratada foi atestada por meio de certificados ou declarações de geradores, tendo sido auditada por terceira parte.
Participação de fontes renováveis
(em mil TJ)
O nosso portfólio de geração de energia elétrica é 98,6% renovável e contribui diretamente para a meta. A capacidade instalada em 2022 atingiu 2,7 GW, relativa majoritariamente a ativos de geração hidrelétricos e eólicos, de propriedade direta e indireta, localizados no Brasil, no Canadá e na Indonésia, e ao nosso novo projeto solar, o Sol do Cerrado. Essas plantas atendem em média 61% do nosso consumo global de eletricidade e 72% do consumo no Brasil, além de contribuir para o compromisso de energia renovável 1.
Competitividade e aumento da geração própria
Através do incremento de nossa autoprodução e redução da demanda em horários de pico, os custos com energia elétrica se tornam mais competitivos.
Para o Canadá e Brasil, entre 2018 e 2023, essas inciativas representam redução em torno de 25%, entre o custo projetado e após as iniciativas.
Metas e prazos
Nossas metas para 2030 são:
- Atingir 100% de consumo a partir de fontes renováveis no Brasil até 2025 e 100% do consumo de eletricidade renovável globalmente até 2030.
- Melhorar 5% do indicador de eficiência energética global em relação ao baseline de 2017 até 2030 (1).
Os três pilares das iniciativas em energia são:
100% do consumo de energia renovável
Substituição de fontes convencionais de energia por energia renovável.
Eficiência energética
Alto desempenho energético em toda a cadeia produtiva da Vale, suportado por um modelo de gestão sistematizado e equipes multidisciplinares.
Powershift
Transformação da matriz energética: substituição de combustíveis fósseis por energia renovável através da eletrificação de máquinas e equipamentos.
1 Meta do Programa de Eficiência Energética da Vale. O objetivo principal do programa é maximizar redução do consumo de energia através da implantação de iniciativas de eficiência energética em todas as operações, contribuindo assim para redução de emissões de gases de efeito estufa, eliminação de Gaps ESG e redução de custos . A expectativa é obter uma melhora na eficiência energética global (todas operações) de no mínimo 5% até 2030. A Vale também possui o Programa Powershift, que tem como objetivo principal a mudança da matriz energética da companhia substituindo o uso de combustíveis fósseis por energia renovável, através da adoção de novas tecnologias, reduzindo de forma significativa as emissões de gases de efeito estufa.
Nossa Gestão
Para nós, a gestão e o fornecimento de energia eficazes no Brasil são prioridades, dadas as incertezas associadas às mudanças no ambiente regulatório e os riscos de aumento nas tarifas. Nesse sentido, atuamos em toda cadeia de energia elétrica desde a oferta até a gestão do consumo final para garantir que a energia mais segura, renovável e competitiva será disponibilizada para as nossas operações.
Gestão da Oferta de Energia:
A nossa capacidade instalada no Brasil atingiu 2,7 GW, provenientes de usinas controladas direta e indiretamente, através das nossas subsidiárias. Utilizamos a eletricidade produzida por essas usinas para suprir as nossas necessidades internas de consumo.
Atualmente, cerca de 60% da energia elétrica consumida pelas operações no Brasil é proveniente de autoprodução. Até 2025, a Vale se comprometeu a atingir a autossuficiência em energia elétrica no Brasil.
Gestão da Demanda de Energia (2022):
Matriz Energética
Eficiência Energética
Eficiência Energética é fator chave para otimização de custos e ao mesmo tempo garantir reduções de emissão de gases de Efeito Estufa. A Vale está implementando em suas operações um moderno Sistema de Gestão de Energia, denominado SmartEnergy, o que permitirá monitorar o consumo de energia de forma automática facilitando e dando transparência aos trabalhos de gestão da matriz energética global da empresa.
Gestão de impactos
O desenvolvimento sustentável é prioridade para a nossas empresas coligadas de geração de energia. Nesse sentido, a atuação com foco na proteção da biodiversidade, prevenção da poluição e mitigação dos impactos decorrentes de suas operações são exemplos desse compromisso com a sustentabilidade.
Sistemas de Transposição de Peixes (STP): Estruturas – escadas ou elevadores - construídas em torno das barragens que permitem a continuidade do processo de migração de peixes durante o período da piracema, época em que sobem os rios para reprodução.
Na Aliança Geração, a usina de Funil foi a primeira do Brasil a instalar o STP (janeiro de 2004) e já transportou mais de 1.000 toneladas de peixes no Rio Grande (MG).
Em Belo Monte, o STP consiste em um canal com 1,2 mil metros de extensão e conta com anteparos que proporcionam áreas de baixa velocidade das águas e possibilitam o descanso dos peixes.
Para mais informações sobre Gestão de Impacto em energia, veja nosso posicionamento sobre o reassentamento de Belo Monte.
Políticas e Normas
A Vale está desenvolvendo um procedimento de Comercialização de Energia Elétrica com o objetivo de estabelecer diretrizes para os processos de Compra e Venda de energia, buscando alinhamento com Normas internas e a maximização do resultado.
Principais Diretrizes:
Aplicar todos os procedimentos e processos internos relacionados ao processo de compra e venda de energia, assim como as normas de delegação aplicáveis
Monitorar e analisar o ambiente regulatório, atuando junto às entidades e órgãos reguladores para preservar os interesses da Vale S.A.
Nas operações de comercialização, buscar maximizar os resultados da Vale S.A., minimizando os custos das operações
Promover leilões ou chamadas junto a outros agentes do setor para as operações de compra e venda de energia, de forma preferencial, visando manter registros auditáveis
Minimizar riscos nas operações de comercialização, a partir de:
(i) gestão dos recursos e requisitos
(ii) gestão e contratação de lastro de energia
(iii) aplicação de metodologia de análise de risco
(iv) definição de estratégia de comercialização incorporando recursos disponíveis e estratégia de autossuficiência
(i) gestão dos recursos e requisitos
(ii) gestão e contratação de lastro de energia
(iii) aplicação de metodologia de análise de risco
(iv) definição de estratégia de comercialização incorporando recursos disponíveis e estratégia de autossuficiência
Visão de Riscos
Escassez de energia
Os custos mais elevados da energia ou sua escassez podem afetar de maneira negativa nossos negócios. Para atendermos nossa demanda por energia, dependemos de recursos, como óleo diesel (28,2%), energia elétrica (30,2%), gás natural (16%), carvão (14,1%) e outras fontes de energia.
Catástrofes Naturais
Catástrofes naturais, como vendavais, secas, enchentes, terremotos e tsunamis, podem afetar negativamente nossas operações e projetos nos países em que operamos, e podem gerar uma contração nas vendas aos países afetados, dentre outros fatores, pela interrupção do fornecimento de energia e pela destruição das instalações industriais e infraestrutura.
Fornecedores
Partes importantes de nossos segmentos de minério de ferro, pelotização, níquel, carvão, cobre, energia e outros negócios são operadas por intermédio de joint ventures. Isso pode reduzir o nosso nível de controle, bem como a nossa capacidade de identificar e gerenciar riscos. Nossas projeções e planos para essas joint ventures e consórcios pressupõem que nossos parceiros cumprirão suas obrigações de fazer aportes de capital, compra de produtos e, em alguns casos, fornecer pessoal de gestão qualificado e competente. Caso quaisquer de nossos parceiros não cumpram com seus compromissos, a joint venture ou o consórcio afetado poderá não ser capaz de operar de acordo com os seus planos de negócios ou é possível que tenhamos que aumentar o nível do nosso investimento para implementá-los.
Perspectivas
Seguimos com o propósito de alcançar a autossuficiência em energia elétrica no Brasil. Temos buscado investir continuamente em autoprodução, a partir de fontes renováveis, como hidroelétricas, usinas eólica e solar, pautados pela qualidade e segurança do fornecimento, competitividade de custos e sustentabilidade.
O caminho para a autossuficiência e redução de custos:
Além disso, firmamos mais um contrato de fornecimento de energia renovável a partir do projeto eólico Folha Larga Sul, em operação desde agosto de 2020. Esse contrato contém ainda a opção de aquisição do parque pela Vale, o que acrescentaria até 150 MW à nossa capacidade de geração.
Business Case
Projeto Eólico Folha Larga
Projeto eólico com estrutura de negócio inovadora, que serve como referência para outros desenvolvimentos.
Benefícios:
Potência instalada de 150 MW
PPA de longo prazo com energia a preço competitivo
Opção compra pela Vale de até 100% do projeto
Aumento de 200% (3% para 9%) da participação de energia eólica na matriz elétrica Vale Brasil
Aumento da eficiência térmica dos fornos de pelotização no Brasil
Objetivo: Utilizar a metodologia de Lean Six Sigma para atuar diretamente na redução dos desvios e no consumo específico de energia térmica aplicada nos fornos de pelotização para o processamento de pelotas, buscando a excelência operacional de forma a atingir o benchmark individual das unidades de produção de forma integrada.
Consumo de energia térmica Tubarão (Mcal/t)
Redução de 4,3% no consumo de energia térmica das plantas de pelotização de Tubarão.
Redução no consumo específico de gás natural de 10.64 para 9.65 Nm³/t, representando uma redução de 9,3%.